Gleisi Hoffmann afirma que tragédia no RS é um anseio de mudança na política ambiental
Redação RedeTV!A presidente do PT disse em entrevista ao 'É Notícia' que é a favor da criação da autoridade climática
(foto: Divulgação/ RedeTV!)
Nesta quinta-feira (16), Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), demonstrou preocupação com os desastres naturais ao falar sobre a tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul.
A deputada federal afirmou que é fundamental a criação da Autoridade Nacional de Segurança Climática. “É preciso, sim, para gente se precaver e tentar proteger o meio ambiente para que essas catástrofes não aconteçam de forma tão sequenciada. Desastres naturais sempre nós tivemos, o problema é que com as mudanças climáticas, eles estão se acelerando. E se a gente não tomar medidas, vão se acelerar mais”.
Gleisi destacou que caso não haja uma ação efetiva para prevenção as tragédias serão grandes. “Eu acho que essa situação do Rio Grande do Sul, ela pode ensejar uma mudança no tratamento disso. Eu sou simpática a essa questão da autoridade climática. Ter alguém que centralize isso, do ponto de vista da conservação e preservação ambiental, é muito importante”, declarou.
Para a presidente do PT, com a saída do governo Dilma “o que aconteceu de lá para cá foi deixar passar a boiada” e agora com Lula a autoridade climática deve ser um Ministério, para “ficar embaixo do presidente da República”. “Tem que ter recurso para isso. Assim como a gente tem que ter prevenção de desastres naturais também, porque eles vão acontecer.”
Gastos da educação e saúde
A petista criticou a discussão recente sobre a necessidade de reduzir os pisos de gastos em educação e saúde por ameaçar a nova regra fiscal.
“Não vai querer tirar de saúde e educação. Isso é uma conquista do povo brasileiro, a gente ter um piso para saúde, um piso para educação. (…) Vamos combinar aqui, na época do Bolsonaro eles tiraram, né? Você lembra que o teto de gastos cortou, ficou só a inflação, o que a gente teve foi a crise na saúde, depois veio a Covid, daí nós fizemos aquele crédito de quase R$ 800 bilhões lá para enfrentar, senão estava sucateada a saúde”, afirmou Gleisi.
Para a parlamentar, a educação é um investimento, pois é preciso educar o povo. “Não pode reduzir nem de saúde. Então, eu não sei o que vai ser feito, muda o arcabouço fiscal e qual o problema de mudar? Já mudamos tantas vezes.”
Ao ser questionada por Kennedy Alencar sobre o que poderia mudar nesse sentido, Gleisi defendeu que esses dois gastos, que são fundamentais, sejam gastos fora das regras fiscais. “Claro que a forma de reajuste não é uma coisa liberada, tem uma forma de reajuste, é tanto por cento do imposto, tanto não sei do que, mas fora das regras fiscais, para a gente poder construir esse país, senão nós não vamos sair do problema que a gente tem”.
Futuro das próximas eleições
As alianças do Partido dos Trabalhadores para as disputas das eleições municipais deste ano foi classificada por Gleisi como uma frente do campo democrático contra o fascismo da extrema-direita, o “Bolsonarismo”.
“Não existe bolsonarismo moderado! Bolsonarista aprova os métodos, o jeito, e se comporta como. Não adianta falar macio, tem gente no nazismo que falava macio. Não podemos nos iludir, a gente tem que saber o que é o cerne da questão, o que significa extrema-direita. Então não dá para se iludir com esse negócio de moderado”, pontuou.
Gleisi confirmou que o presidente Lula concorrerá a reeleição em 2026 como a alternativa para manter viva a democracia brasileira. “É o Lula o nosso candidato. Não tem outro nome, claro que a gente tem que depois se esforçar, construir, mas você não constrói liderança. Liderança se faz, no processo, na luta, na disputa. E eu não vejo outro nome hoje para disputar em 26 e a gente ganhar a eleição. Não podemos perder essa eleição, não é por que somos nós, o PT, e queremos continuar, é que não temos o direito histórico de entregar o país para extrema-direita. E se nós não ganharmos, Lula não ganhar, não é o campo da direita moderada nem o centro político que vai ganhar, é a extrema-direita!”
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