26/05/2018 07:14:00 - Atualizado em 26/05/2018 07:16:00

Após decreto de Temer, Abcam pede que caminhoneiros liberem estradas

Redação/RedeTV!

Após o presidente Michel Temer decretar o uso das Forças Armadas para encerrar os bloqueios nas estradas, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) divulgou nota no final da noite desta sexta-feira (25) nesta para pedir que os trabalhadores encerrem as interdições.

O documento asssinado pelo presidente da entidade, José da Fonseca Lopes, pede que os caminhoneiros acabem com os bloqueios, mas sigam com o protesto de forma pacífica: " A Abcam, preocupada com a segurança dos caminhoneiros envolvidos, vem publicamente pedir que retirem as interdições nas rodovias, mas, mantendo as manifestações de forma pacífica, sem obstrução das vias".

A associação ainda ressaltou que não assinou nenhum acordo com o governo federal e continua à espera de uma proposta que atenda a principal reivindicação: a retirada do PIS/Cofins sobre o óleo diesel.

Confira a nota na íntegra:

"Após o pronunciamento do presidente da República, Michel Temer, no início da tarde desta sexta-feira, 25, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros – Abcam, preocupada com a segurança dos caminhoneiros envolvidos, vem publicamente pedir que retirem as interdições nas rodovias, mas, mantendo as manifestações de forma pacífica, sem obstrução das vias.

Já mostramos a nossa força ao Governo, que nos intitularam como minoria. Conseguimos parar 25 estados brasileiros com mais de 504 interdições.

Vale lembrar que a Abcam continua sem assinar qualquer acordo com o Governo e mantém o pedido de retirada do PIS/Cofins sobre o óleo diesel.

A culpa do caos que o país se encontra hoje é reflexo de uma manifestação tardia do presidente Michel Temer, que esperou cinco dias de paralisações intensas da categoria. Estamos desde outubro do ano passado na expectativa de sermos ouvidos pelo Governo. Emitimos novo alerta no dia 14 de maio, uma semana antes de iniciarmos os protestos.

É lamentável saber que mesmo após tanto atraso, o presidente da República preferiu ameaçar os caminhoneiros por meio do uso das forças de segurança ao invés de atender às necessidades da categoria.

Sendo assim, nos resta pedir a todos os companheiros que desobstruam as rodovias e respeitem o decreto presidencial".

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