Anielle Franco defende que Lula indique mulher negra ao STF
Redação RedeTV!A ministra da Igualdade Racial é a entrevistada do “É Notícia” desta quinta
(foto: Divulgação/ RedeTV!)
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, defendeu a indicação de uma mulher negra para ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga que será aberta em outubro com a aposentadoria da presidente da corte, Rosa Weber. A declaração foi dada ao “É Notícia”, que vai ao ar nesta quinta-feira (22) às 23h45.
Com a aprovação de Cristiano Zanin, a próxima vaga que será aberta no Supremo é a de Rosa Weber, que se aposentará até 2 de outubro, quando completará 75 anos, a idade-limite para integrar o STF.
Ao ser questionada sobre o assunto, Anielle Franco ressaltou que a decisão é do presidente Lula, mas que seu desejo é ver uma mulher negra como ministra do STF.
“Acho que o presidente tem mais uma oportunidade de fazer História! (…) Nunca tivemos uma mulher negra [no STF]. Meu posicionamento, se ele me perguntar, vai ser para vaga dela [Weber], eu defendo uma mulher negra. Temos inúmeras mulheres negras capacitadas para estarem ali. Eu adoraria ver ele fazendo História”, disse a ministra.
Formada em jornalismo pela Universidade do Estado da Carolina do Norte, nos EUA, e em inglês e literatura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Anielle destacou a importância da Lei de Cotas como política pública no Brasil.
“A Cota Racial é a maior política de ação afirmativa que esse país já teve. É importante frisar e repetir isso. (…) Eu sou fruto da Lei de Cotas”, afirmou.
Anielle disse que pretende ir ao Congresso discutir com os parlamentares a necessidade da Lei de Cotas na educação do país. “Irei pessoalmente falar com cada pessoa contrária a Lei de Cotas, porque eu acho que a gente agora está em busca de narrativas de defender nossa narrativa. Defender a Lei de Cotas para não ter retrocesso.”
No quadro “Pinga-Fogo”, a ministra se emocionou ao falar da irmã, a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018. “Meu maior exemplo. Depois da minha mãe, é a pessoa a quem devo tudo. Ela foi covardemente assassinada. Tentaram calar a voz de Marielle, mas ele transcendeu. Essa semente dela e as ideias dela têm sido à prova de bala!”, disse, em tom emocionado.
No domingo, haverá reprise da entrevista às 22h15.
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