Volodymyr Zelensky acusa Rússia de genocídio em Bucha
Redação RedeTV!A Rússia nega que tenha assassinado civis
(Foto: Reprodução/Twitter: @ZelesnkyyUa)
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, visitou a cidade de Bucha, onde o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, disse à Reuters que os russos cometeram diversos crimes como estupro e assassinato de civis.
Durante o final de semana, imagens de corpos no chão, valas comuns e rastros de destruição foram divulgadas para o mundo.
O presidente ucraniano estava em Kiev, capital do país, e afirmou que o massacre russo irá atrasar as negociações para um possível acordo de paz entre os dois países.
“Estes são crimes de guerra e serão reconhecidos pelo mundo como genocídio”, disse Zelensky abatido com as cenas que presenciou em Bucha.
O Kremlin, por outro lado, nega que tenha cometido os assassinatos e, como em outras oportunidades, afirmou que a “operação militar especial” não tem civis como alvo.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
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