22/03/2022 12:48:00

Vice-primeira-ministra da Ucrânia diz que 100 mil tentaram deixar Mariupol, mas foram impedidos

Redação RedeTV!

Rússia nega que tenha atacado locais que abrigam civis

(Foto: AP)

A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Irina Vereshchuk, informou nesta terça-feira (22), que ao menos 100 mil pessoas tentaram fugir de Mariupol, uma das cidades mais afetadas pela guerra por conta de bombardeios russos, mas foram impedidos por falta de corredores humanitários seguros. As informações são da agência de notícias internacionais Reuters.

A cidade portuária foi sitiada por tropas russas. Ainda de acordo com Irina, os bombardeios têm impedido que equipes de resgate acessem o teatro que foi alvo de um ataque na semana passada, onde centenas de civis se abrigavam, segundo as autoridades.

A Rússia nega que tenha atacado o teatro e diz que sua “operação militar especial” não tem como foco matar civis.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.

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