UE pode antecipar aprovação de vacina da Biontech/Pfizer
ANSAEMA está sob pressão para agilizar a tramitação
(Foto: Francisco Seco/Associated Press)
Pressionada pelo início da vacinação no Reino Unido, nos EUA e no Canadá, a agência de medicamentos da União Europeia (EMA) pode antecipar a aprovação do imunizante anti-Covid da empresa alemã Biontech e da multinacional americana Pfizer.
No início de dezembro, a EMA havia dito que daria uma resposta sobre a vacina até o dia 29 deste mês, mas informações de bastidores obtidas pela ANSA apontam para uma decisão antes do Natal.
Já o tabloide alemão Bild, citando fontes de Berlim e Bruxelas, diz que a autorização pode chegar em 23 de dezembro. O jornal afirma que a chanceler Angela Merkel lidera a pressão na UE para a EMA agilizar o registro da vacina da Biontech/Pfizer, a primeira aprovada no Ocidente para conter a pandemia.
O Reino Unido iniciou seu programa de imunização no último dia 8, enquanto EUA e Canadá começaram em 14 de dezembro, mas os países da UE, até o momento, planejam dar o pontapé de partida na campanha de vacinação apenas em janeiro.
"Todos os dados da Biontech estão disponíveis, Reino Unido e Estados Unidos já deram sua aprovação. A revisão dos dados e a aprovação da EMA precisam ocorrer o quanto antes", disse o ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, no último domingo (13).
Já o ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, afirmou nesta terça (15) que deseja que a EMA "possa aprovar a vacina Biontech/Pfizer de forma antecipada em relação ao prazo previsto, respeitando todos os procedimentos de segurança".
A UE já assegurou a compra de 200 milhões de doses do imunizante, mas pode aumentar essa cifra para 300 milhões. A vacina usa a inovadora tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), uma sequência genética sintética que codifica a proteína spike, espécie de "casca" utilizada pelo Sars-CoV-2 para atacar as células humanas.
Ao entrar no organismo, esse mRNA instrui as células a produzirem a proteína, que será reconhecida como agente invasor pelo sistema imunológico e combatida com anticorpos que, mais tarde, servirão para enfrentar uma eventual infecção pelo novo coronavírus.
Esse imunizante, no entanto, precisa ser mantido a -70°C para garantir sua eficácia. A Biontech e a Pfizer já informaram que trabalham em uma "segunda geração" da vacina que possa ser conservada em temperaturas normais de refrigeração.
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