Ucrânia rejeita ultimato da Rússia para entregar Mariupol
Redação RedeTV!Russos voltaram a utilizar mísseis hipersônicos na guerra que já dura 26 dias
(Foto: Reprodução/Twitter: @Mod_Russia)
O Ministério da Defesa da Rússia havia informado no domingo (20) que a Ucrânia tinha até as primeiras horas desta segunda-feira (21) para entregar a cidade de Mariupol.
Apesar do ultimato, a vice primeira-ministra ucraniana, Irina Vereshchuk, rejeitou o prazo dado pelos russos. "Não se pode falar em rendição, deposição de armas. Já informamos o lado russo sobre isso. Em vez de perder tempo com 8 páginas de cartas, basta abrir um corredor [humanitário]”, disse Irina ao jornal Ukrainska Pravda.
Ainda não se sabe o que pode acontecer após essa rejeição da Ucrânia.
A cidade de Mariupol é uma das mais afetadas pela guerra que já está em seu 26º dia. No domingo foi informado que a Rússia voltou a disparar mísseis hipersônicos que conseguem viajar a mais de cinco vezes a velocidade do som.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
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