08/03/2022 12:59:00

Ucrânia acusa Rússia de bombardear rota de corredor humanitário em Mariupol

Redação RedeTV!

De acordo com a ONU, o número de civis mortos na Ucrânia chegou a 474, além de 861 feridos

(Foto: AP)

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia acusou a Rússia de bombardear a rota do corredor humanitário em Mariupol. De acordo com a pasta, as forças russas violaram o acordo de cessar-fogo negociado nas últimas conversas entre os dois países.

O corredor humanitário serve para permitir que as pessoas saiam das zonas de conflito da guerra. Ônibus chegariam a cidade com comida e remédios e voltar com maldades que seriam levados para locais seguros. No entanto, o governo da Ucrânia disse que houve bombas na rota após o anúncio de que os ônibus estavam a caminho.

Ainda não se sabe se o comboio chegou a Mariupol e se os moradores conseguirão escapar da região.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o número de civis mortos na Ucrânia chegou a 474 nesta terça-feira (8), além de 861 feridos.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de quinta-feira (24).

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