Russos prenderam mais de 400 ucranianos por protestarem em cidades ocupadas
Redação RedeTV!Informação é das Forças Armadas da Ucrânia
(Foto: AP)
O Exército da Ucrânia informou nesta quarta-feira (9) que mais de 400 pessoas foram presas pela guarda nacional russa em Kherson.
De acordo com as forças ucranianas, essas pessoas estavam fazendo protestos contra a invasão da Rússia e foram detidas.
"Por causa da furiosa resistência dos moradores de Kherson, os ocupantes estão tentando introduzir punições administrativas e policiais”, informou em nota.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de quinta-feira (24).
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