Premier canadense diz ter informações que avião ucraniano foi atingido por mísseis do Irã
Redação RedeTV!Pelo menos 63 canadenses morreram na queda
(Foto: Reprodução/Facebook)
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou nesta quinta-feira (9) que os orgão de inteligência canadenses e de aliados indicam que a queda do Boeing 737 da Ukraine International Airlines (UIA) foi causada por mísseis iranianos. O avião caiu nesta quarta-feira (8) em Teerã, no Irã, matando 176 pessoas. Pelo menos, 63 vítimas são canadenses.
O premier afirmou que o acidente "pode ter sido intencional" em entrevista coletiva. O Canadá não tem relações diplomáticas com o Irã, mas Trudeau disse que há "abertura ao envolvimento canadense" na investigação.
"A experiência canadense quando se trata de tragédias aéreas é reconhecida mundialmente. Temos muito a contribuir e perdemos muito", afimou ao comentar a tragédia.
Mísseis
Um vídeo divulgado na tarde desta quinta-feira (9) mostra um míssil supostamente atingindo o avião. As imagens foram verificadas pelo jornal "The New York Times". Veja:
BREAKING: New video appears to show missile hitting Flight 752 before it crashed near Tehran, killing 176 people pic.twitter.com/Jb3Cy3OgUT
— BNO News (@BNONews) January 9, 2020
O caso
A aeronave caiu na quarta-feira (8) logo após decolar do aeroporto internacional de Teerã, no Irã. Havia 176 pessoas a bordo do avião, incluindo a tripulação. Não há sobreviventes, de acordo com fontes locais.
Ao todo, as vítimas são 82 iranianos, 63 canadenses, 11 ucranianos, 10 suecos, quatro afegãos, três britânicos e três alemães, informou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Vadym Prystaiko. Dos 11 ucranianos mortos, nove eram membros da tripulação, confirmou o Conselho de Segurança de Kiev.
De acordo com a embaixada da Ucrânia no Irã, o avião sofreu uma falha no motor. O órgão ainda afirna que o acidente não foi causado por "terrorismo".
Caixas-pretas
A Organização da Aviação Civil do Irã anunciou que não entregará as caixas-pretas da aeronave ucraniana à Boeing ou aos Estados Unidos.
De acordo com a Convenção Internacional de Aviação Civil, da qual o Irã é signatário, o responsável pela investigação é o país onde a aeronave caiu (ou de onde ela partiu). Entretanto, é previsto que o país fabricante, os Estados Unidos, e a empresa que produziu a aeronave participem da investigação e tenham acesso às informações das caixas-pretas.
"Não daremos as caixas-pretas para o fabricante [Boeing], nem para os americanos", afirmou Ali Abedzadeh, diretor da agência iraniana, Ali Abedzadeh. Não está claro que se o Irã permitirá, de fato, que os americanos acompanhem o inquérito.
As normas internacionais ainda afirmam que o país onde a aeronave pousaria -neste caso, a Ucrânia - também acompanhe a investigação
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