Porta-voz da Rússia acusa Ocidente de incentivar participação de civis na guerra
Redação RedeTV!Maria Zkharova disse que a Rússia não vai se responsabilizar pela possível morte desses civis
(Foto: Reprodução/Facebook: Maria Zakharova)
Nesta quarta-feira (9), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que o Ocidente incentiva que civis participem do conflito com a Ucrânia.
De acordo com Maria, a presença de voluntários britânicos é uma prova disso. Em um pronunciamento televisionado, ela disse que a Rússia não vai se responsabilizar por possíveis mortes desses cidadãos.
"Não vamos nos responsabilizar pelo destino dos cidadãos que podem ser mortos nesse conflito", alertou a porta-voz.
Ainda segundo Maria Zakharova, estão tentando criar uma espécia entre "russofobia" para acentuar ainda mais a atual situação na região.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de quinta-feira (24).
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