Papa utiliza bandeira da Ucrânia para condenar mortes em Bucha
Redação RedeTV!Gesto aconteceu nesta quarta-feira (6) em assembleia semanal no Vaticano
(Foto: AP)
O Papa Francisco recebeu refugiados da guerra na Ucrânia e, segurando a bandeira do país, condenou o massacre russo na cidade de Bucha, em assembleia semanal no Vaticano nesta quarta-feira (6).
"As últimas notícias da guerra na Ucrânia (...) mostram novas atrocidades, como o massacre de Bucha, uma horrenda crueldade, cometida também contra civis, mulheres e crianças”, disse o pontífice.
O Papa tem feito críticas contra a guerra no leste europeu e, na semana passada, se dirigiu diretamente ao presidente da Rússia, Vladimir Putin.
O governo da Ucrânia acusa a Rússia de realizar um massacre em Bucha, quando as tropas invasoras ocupavam a cidade. Imagens de corpos espalhados chocaram o mundo nos últimos dias. Há, ainda, acusações de estupro e tortura.
Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.
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