14/03/2022 11:52:00

Negociações entre Rússia e Ucrânia serão retomadas na terça-feira (15)

Redação RedeTV!

Informação foi divulgada por um dos negociadores ucranianos, Mykhailo Podolyak 

(Foto: Reprodução/Twitter: @Podolyak_M)

Um dos negociadores da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, informou que as conversas que estavam sendo realizadas com a Rússia nesta segunda-feira (14) serão retomadas na terça-feira (15).

“Uma pausa técnica foi feita nas negociações até amanhã. Para trabalho adicional nos subgrupos de trabalho e esclarecimento de definições individuais. As negociações continuam”, informou Podolyak em seu Twitter sem dar maiores explicações sobre a interrupção.

Por volta das 7h desta segunda, o negociador ucraniano publicou uma foto na mesma rede social e disse que as duas partes expressaram especificadamente suas posições. Ele ainda afirmou que, apesar da tentativa, está difícil encontrar uma solução.

“A razão para a discórdia é o sistema político muito diferente. A Ucrânia tem um diálogo livre dentro da sociedade e um consenso obrigatório. A Rússia é um ultimato de supressão de sua própria sociedade”, disse o assessor.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.

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