Morrem 6 militares com aumento de violência no leste da Ucrânia
ReutersKIEV (Reuters) - Seis militares foram mortos e outros 12 ficaram feridos no leste ucraniano nas últimas 24 horas, apesar do acordo de cessar-fogo, informou o Exército da Ucrânia nesta terça-feira, à medida que ambos lados do conflito trocam acusações sobre o aumento de ataques e uso de armas no fronte.
As recriminações mútuas colocam mais tensão na trégua de dois meses entre militares ucranianos e rebeldes pró-Rússia, embora esteja tecnicamente no controle, apesar de relatos quase diários de fatalidades.
"A situação na zona de conflito continua instável. Ataques armados dos inimigos estão acontecendo em quase todas as partes (do fronte)", disse o porta-voz do Exército da Ucrânia, Andriy Lysenko, durante entrevista televisionada.
Lysenko não deu mais detalhes sobre as circunstâncias das mortes dos seis soldados - maior perda das forças do governo em mais de um mês.
A Administração Regional de Donetsk, que continua sob controle do governo, informou que rastreou de 30 a 40 veículos carregando "equipamentos militares russos" seguindo em direção a Popasna, cidade na linha de frente de Luhansk, tomada pelos rebeldes.
Ministros das Relações Exteriores da Alemanha, França, Rússia e Ucrânia condenaram o aumento da violência em um encontro sobre a implementação do cessar-fogo, realizado na segunda-feira.
Mais de 6 mil pessoas foram mortas desde o início do confronto em abril do ano passado, quando rebeldes pró-Rússia opostos ao novo governo pró-Ocidente declararam independência de Kiev.