Jovem é demitida após escrever carta aberta para diretor da empresa
Redação RedeTV!(Foto: Reprodução/Medium)
"Quando eu era pequena, lá nos anos 1990, a mesma época em que as Spice Girls e ganhar um pager eram o máximo, eu sonhava ter um carro, um cartão de crédito e meu apartamento. Aos 8 anos de idade, eu disse para mim que isso é significado de ser adulto. Agora, dezessete anos depois, eu tenho essas coisas. Mas, cara, o que eu não sabia há uma década e meia é que um carro, um cartão de crédito e um apartamento seriam símbolos de estresse, não de sucesso".
É assim que começa a carta aberta de Talia Jane, ex-funcionária do setor de atendimento ao cliente da Eat24 - uma subsidiária da multinacional Yelp, sediada em São Francisco, nos Estados Unidos. O desabafo de Talia sobre o baixo salário dos foi endereçado a Jeremy Stoppleman, o CEO da Yelp.
Em um trecho, Taila diz que chora por conta das dívidas e cita exemplos de ex-colegas de trabalho que também tentam viver com o salário, que ela considera baixo em relação ao alto custo de vida - pouco mais de oito dólares por hora, o equivalente a R$ 32 por hora trabalhada.
"Então aqui estou eu, 25 anos de idade, equilibrando todos os tipos de dívidas e tentando ter uma vida que não inclua chorar na banheira a cada semana", diz ela. "Todos os meus colegas de trabalho estão lutando. Eles estão arranjando empregos paralelos, estão vivendo dentro de casa. Um deles começou uma campanha no GoFundMe porque não podia pagar o aluguel", exemplifica ela.
No Twitter, Talia foi irônica ao comentar a demissão. "Eu amei ter sido demitida por bradar que não tenho condições de pagar meu aluguel, isso resolve todos os meus problemas!", escreveu ela, acrescentando em outra postagem que a decisão teria partido "de cima" já que o gerente dela não estava ciente da demissão.
Após a repercussão do desabafo, o diretor executivo da multinacional recorreu à rede social para comentar o caso. Além de dizer ter lido a carta aberta de Talia, Stoppleman garantiu não estar envolvido na demissão da moça e destacou que toda história tem dois lados.
Ainda assim, Talia acredita que a carta tenha sido o motivo, já que seu desabafo viola os termos de conduta da empresa.