Helicóptero que levava Evo Morales falha durante decolagem na Bolívia; não houve feridos
Redação/RedeTV!Presidente foi reeleito recentemente para seu quarto mandato
(Foto: Agência Brasil)
Um helicóptero que transportava o presidente boliviano Evo Morales sofreu uma falha mecânica durante uma decolagem nesta segunda-feira (4), em Colquíri, cidade que fica entre La Paz e Cochabamba. Não houve feridos, segundo um comunicado divulgado pela Força Aérea Boliviana (FAB).
A imprensa local destacou que o voo tinha como destino à cidade de Oruro. O modelo teria sido registrado como FAB-007.
“A FAB, de acordo com os regulamentos, procederá para ativar o Conselho de Investigação de Acidentes; mais detalhes sobre o evento serão fornecidos de acordo com o andamento da investigação ”, diz um trecho do comunicado divulgado pela FAB.
Um vídeo divulgado nas redes sociais e compartilhado pelo jornal local “El Deber” supostamente mostra o presidente saindo ileso da aeronave. A veracidade das imagens ainda não foi confirmada.
Veja o vídeo:
#AHORA Fuerza Aérea de #Bolivia anuncia la activación de una Junta Investigadora de Accidentes por la falla mecánica que obligó a realizar un aterrizaje de emergencia a la aeronave del Pdte. @evoespueblo pic.twitter.com/UjqZdfdnZy
— Luis De Jesús 🇵🇷 (@ldejesusreyes) November 4, 2019
Confia o comunicado divulgado pela FAB:
A Bolívia enfrenta 14 dias de protestos
Termina nesta segunda-feira (4) o prazo de 48 horas dado por manifestantes para que o presidente boliviano reeleito, Evo Morales, renuncie ao cargo. O país enfrenta 14 dias de protestos, iniciados com da vitória de Morales em primeiro turno nas eleições presidenciais. Foram contabilizadas quatro mortes com os protestos.
Os protestos são fruto da indignação de milhares de bolivianos com o resultado das eleições gerais, em 20 de outubro, que tiveram uma apuração confusa e suspeitas de fraude. No dia das eleições, o sistema de contagem rápida de votos do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia havia antecipado um segundo turno entre Morales e seu principal opositor, Carlos Mesa.
No entanto, após a temporária suspensão das apurações, que suscitou suspeitas e reclamações, o TSE anunciou uma mudança de tendência e finalmente declarou a vitória de Morales no primeiro turno com 47,08% dos votos, contra 36,51% de Mesa.
A lei boliviana atribui a vitória no primeiro turno com mais de 50% dos votos ou com 40% e uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre o segundo.
Em um primeiro momento, Carlos Mesa pedia a realização de um segundo turno das eleições, agora, pede a anulação das eleições. Líderes de comitês cívicos de oito regiões do país também pedem a anulação das eleições e a renúncia de Evo Morales.
No último sábado (2), Fernando Camacho, presidente do Comitê Cívico Pro Santa Cruz, afirmou que Morales teria 48 horas para renunciar ao cargo. Ele disse que tirarão Morales do poder “com fé em Deus, com o povo mobilizado e sem nenhuma bala".
Evo Morales convocou uma reunião de emergência ontem (3), com a participação do vice-presidente, Álvaro García Linera, de alguns ministros e de representantes de movimentos sociais, para avaliar a situação.
Na noite de hoje, a partir das 19h, estão marcadas novas manifestações para pressionar Morales a renunciar.
Uma delegação da Organização dos Estados Americanos (OEA) realiza, desde a quinta-feira passada (31) uma auditoria no país. A missão, que conta com 30 especialistas, tem o objetivo de verificar se houve manipulação de dados e fraude em favor do partido Movimento ao Socialismo (MAS), do atual presidente, Evo Morales. O resultado da auditoria deve ser divulgado na próxima semana.
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