Gravidez na adolescência preocupa América Latina e Caribe
AFP
(Foto: Divulgação)
Duas organizações internacionais manifestaram nesta quinta-feira (24) sua preocupação com os altos índices de gravidez na adolescência na América Latina e no Caribe, principalmente em Guatemala, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Equador, Bolívia e Colômbia.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a ONG Plan International alertaram sobre o problema em um estudo que posiciona a região como a "de maior fecundidade adolescente no mundo após a África subsaariana".
As causas da gravidez em adolescentes são principalmente o casamento infantil, a desigualdade de gênero, obstáculos aos direitos humanos, pobreza, violência e coação sexual, entre outros fatores, segundo o documento.
Na Guatemala, a pesquisa destaca que em 2014 foram registrados 74.000 partos em adolescentes entre 15 e 19 anos e 5.119 em meninas menores de 14 anos. "Na Guatemala este fenômeno é alarmante, já que afeta a vida e o futuro das meninas e adolescentes que engravidam, muitas delas vítimas de violência, assim como suas filhas e filhos, roubando sua infância, educação e oportunidades para a vida", disse durante a apresentação do relatório José Campang, gerente de programas da Plan International, organização que defende os direitos da criança.
O estudo recomendou às autoridades da região intensificar as políticas públicas para erradicar o fenômeno. "A sociedade guatemalteca tem um papel fundamental para erradicar o drama da gravidez de meninas e adolescentes. As e os guatemaltecos devem abrir os olhos e mudar suas atitudes para não tolerar esta grave violação", apontou Christian Skoog, representante na Guatemala de Unicef.