Foto de eleitores de costas para fazer selfie com Hillary Clinton chama atenção na web

(Foto: Barbara Kinney/Reprodução/Twitter)

Uma foto está chamando atenção na internet por mostrar uma cena emblemática que diz muito sobre como a tecnologia mudou a vida das pessoas e afetou até mesmo a política: uma multidão de costas para tirar uma selfie com Hillary Clinton, candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, durante um evento em Orlando (EUA), na semana passada.

A foto foi tirada por Barbara Kinney, que integra a equipe de Hillary, e viralizou nas redes sociais com direito a um debate sobre o assunto. "Isso é hilariantemente triste", disse um usuário do Twitter, rede social na qual a imagem teve mais de 18 mil retuítes e 20 mil curtidas depois de publicada por outro membro da equipe da democrata. "Realmente surreal", escreveu outra.

A candidata acenando para um mar de pessoas de costas ainda foi destaque na imprensa. Para o "Telegraph": "essa é uma foto que captura perfeitamente a era do selfie". O "The Guardian" classificou a selfie coletiva como uma "imagem curiosamente grotesca" e destacou: "2016 é claramente o ano que a selfie tornou-se algo político".

2016, ya'll. pic.twitter.com/M0AZceVagQ

— Victor Ng (@victomato) 25 de setembro de 2016

Das selfies ao debate

Na noite desta segunda-feira (26), Hillary e o candidato republicano, Donald Trump, irão se encontrar na Universidade de Hofstra, Hempstead (Nova York, EUA), para um debate que promete bater recordes de audiência no país.

Independente do impacto das selfies ou das redes sociais, metade dos eleitores norte-americanos prováveis irá contar com os debates presidenciais para escolher entre o republicano e a democrata, de acordo com uma pesquisa de opinião Reuters/Ipsos divulgada hoje.

Os resultados mostram o equilíbrio da disputa entre os postulantes à Casa Branca no momento em que Hillary e Trump se preparam para se enfrentar, também nesta segunda-feira, em Nova York, no primeiro de três debates, um espetáculo no horário nobre da televisão dos Estados Unidos que deve atrair uma audiência de até 100 milhões de espectadores, equivalente à do Super Bowl. 

Atualmente Hillary lidera na maioria das pesquisas de opinião nacionais, e conta com vantagens cruciais em Estados-pêndulo fundamentais como Ohio e Carolina do Norte. O levantamento Reuters/Ipsos mais recente mostra Hillary com 4 pontos percentuais de dianteira sobre Trump nacionalmente. 

Hillary viu sua popularidade diminuir nas últimas semanas na esteira de novos questionamentos sobre sua fundação familiar e seu uso de um servidor de e-mail particular quando era secretária de Estado dos EUA.