Forças russas se aproximam de Kiev, capital da Ucrânia
Redação RedeTV!Ministério da Defesa pediu que os cidadãos produzam coquetéis molotov para combater os invasores
(Foto: AP)
O jornal “New York Times” informou nesta sexta-feira (25) que o Ministério da Defesa da Ucrânia confirmou a presença de soldados russos no distrito de Obolon, na região metropolitana de Kiev, capital do país. A situação se dá após a autorização de uma ação militar por parte do presidente russo, Vladimir Putin, que entende que a Ucrânia faz parte da Rússia.
A pasta ucraniana recomenda que moradores se protejam em locais fechados e evitem transitar por Obolon. Através das redes sociais, o ministério também pediu que os cidadãos preparem coquetéis molotov para enfrentar os russos invasores.
❗️увага
— Defence of Ukraine (@DefenceU) February 25, 2022
На Оболоні ворожа ДРГ.
Просимо громадян повідомляти про пересування техніки!
Виготовляти коктейлі «Молотова», знешкоджувати окупанта!
Мирним мешканцям - бути обережними! Не покидати оселі!
"Em Obolon, o inimigo. Pedimos aos cidadãos que informem sobre a circulação! Façam coquetéis Molotov, neutralize o ocupante!", diz a publicação em uma tradução simples.
Segundo o "New York Times", uma TV local estaria transmitindo tutoriais de como produzir o artefato que espalha fogo quando chocado com alguma superfície.
Moradores pacíficos - tenha cuidado! Não saia de casa!A chefia de gabinete das Forças Armadas da Ucrânia acredita que as tropas russas utilizam um campo de pouso em Belarus para reunir, planejar e atacar Kiev. Agências de notícias russas informam que a Rússia nega que tenha realizado ataques com mísseis na capital ucraniana.
Entenda o conflito
A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.
Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.
Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.
Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.
A tensão se estendeu e, nesta semana, se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão nesta quinta-feira (24).
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