Ex-soldado inglês vive como mendigo nas ruas da Inglaterra

(Foto: Reprodução/Mirror)

O ex-soldado inglês Billy Gage, de 39 anos, serviu seu país na Irlanda do Norte, na Bósnia, em Kosovo e na Serra Leoa, mas agora, 11 anos após deixar o exército, dorme nas ruas de Manchester, na Inglaterra.

Segundo as informações do "Mirror", Billy largou o serviço militar inglês em 2004 para começar seu próprio negócio. Nos anos seguintes, o ex-soldado se casou e teve um filho, Daniel, que morreu aos seis anos de idade.

Devastado, Billy entrou em depressão e viu sua vida ficar em ruínas. "Eu literalmente fui até seu quarto em uma manhã para acordá-lo e ele [Daniel] estava morto em sua cama. Foi horrível. Eu não consegui manter as coisas juntas depois disso", desabafou.

"Às vezes eu apenas vou para uma rua quieta e começo a chorar. Eu não consigo acreditar na minha situação", afirmou ao "Manchester Evening News".

Em sua jornada como morador de rua, Billy relatou que já acordou com o corpo todo urinado por outras pessoas e que teve seu saco de dormir queimado. "Eu coloquei minha vida em risco pelo bem desse país e esse é o jeito que eu sou tratado? É repugnante", disse.

O britânico ainda conta que não é o único que, após deixar o serviço militar, se encontra nessa situação. "Tem um monte de nós [ex-soldados] que foram esquecidos. Nós éramos apenas números, e agora que os tempos estão difíceis, eles esquecem que existimos". "Se eu tivesse meu tempo de volta, eu não entraria no exército. Veja onde ele me trouxe. Me deixou muito amargo", confessou.

Billy ainda informou que procurou a "Royal British Legion" - associação governamental que ajuda ex-membros do exército que sofreram algum tipo de dano enquanto serviam -, mas que não obteve nenhuma ajuda.

"Eles me disseram que conseguiam me providenciar um vínculo e um empréstimo, mas eu não podia pagar nenhum flat porque cada agente imobiliário que eu pedia referência custava cerca de £100 (aproximadamente R$ 600). Eu tinha sorte se ganhasse £5 (R$ 30) no dia", explicou.

No entanto, uma porta-voz da associação contestou a afirmação e informou que nunca houve nenhuma tentativa de contato por parte de Billy e pediu para que o ex-soldado fosse até eles para que pudessem ajudá-lo.