Equador não consegue recolher os corpos de vítimas do coronavírus
Redação/RedeTV!Vídeos em redes sociais mostram mortos nas ruas e calçadas; imprensa local fala de "sistema funerário em colapso"
Em meio ao crescimento de casos de coronavírus, o Equador enfrenta dificuldade para recolher os corpos de infectados que morrem no meio da rua ou dentro de casa. Imprensa local afirma que o sistema funerário do país entrou em colapso. Vídeos no Twitter e em outras redes sociais mostram corpos deixados no chão e nas ruas.
A cidade mais atingida pelos casos da covid-19 é Guayaquil. Na última terça-feira (31), o governo equatoriano afirmou que está trabalhando para resolver os os atrasos na coleta de corpos na cidade.
O Equador registrou, até esta quinta-feira (2), um total de 2.758 casos oficiais da covid-19 e 98 mortes em todo o país. Nos últimos dias, equatorianos tem postado fotos e vídeos em redes sociais de corpos de vítimas em calçadas e na rua (veja abaixo).
With corpses on sidewalks and hospitals and morgues overwhelmed with COVID-19, Ecuador just paid $325 million to international creditors. This person was left in a hospital parking lot in Guayaquil. https://t.co/vv99JBvlZQ #CoronavirusEcuador pic.twitter.com/xDCbBE0gvh
— Steven Donziger (@SDonziger) March 30, 2020
Vi algumas das cenas do que se passa no Equador ontem. Este era o meu maior medo, quando atingisse os países que não têm uma estrutura sólida para lidar com isto.
— reputation (@paulosergiops0) April 2, 2020
Se os países desenvolvidos já estão sobrecarregados, o efeito nos outros será catastrófico.#EcuadorEnEmergencia https://t.co/O7IgsFdqXR
EQUADOR -
— Ana Burke (@AnaBurk04439285) April 2, 2020
Pessoas desesperadas, chorando, pessoas caindo mortas no meio da rua, gente morta nas calçadas ou sendo queimadas em plena rua.
O Sistema de saúde não funciona, sem equipamentos e as pessoas estão morrendo em qualquer lugar.#EcuadorEnEmergencia pic.twitter.com/ur4n7LoWdT
Colapso
O governo do Equador reconheceu a dificuldade em retirar os corpos dos mortos de suas casas. Segundo relata o jornal El Comercio, a incerteza de saber se as vítimas foram infectadas pelo vírus, o toque de recolher e o nervosismo da população dificultam o processo.
Além da alta no volume de cadáveres, há o medo de contaminação por parte dos trabalhadores das casas funerárias. Apenas 20 dos 120 estabelecimentos do tipo na cidade estão funcionando.
Ainda de acordo com o jornal, as buscas por caixões em Guayaquil podem durar até três dias. Além da alta demanda, a escassez de caixões também ocorre porque os fabricantes não podem comprar madeira, tecidos e tintas, suprimentos necessários para fazê-los.
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