19/08/2020 08:21:00 - Atualizado em 19/08/2020 08:26:00

Eleições nos EUA: partido Democrata oficializa Joe Biden como candidato

Ansa

Ex-vice presidente na gestão Obama concorre, junto ao atual presidente Donald Trump, em pleito a ser realizado em novembro deste ano


Joe Biden, vice-presidente dos EUA e agora candidato ao cargo - (Foto: Andrew Harnik/AP/File)

O Partido Democrata oficializou na noite desta terça-feira (18) o ex-vice-presidente Joe Biden, 77 anos, como candidato a desafiar Donald Trump na eleição de 3 de novembro de 2020.

A segunda noite da convenção democrata formalizou o resultado das primárias do partido, nas quais Biden obteve 3.459 delegados, contra 1.121 do senador Bernie Sanders.

Como o evento acontece de forma virtual devido à pandemia do novo coronavírus, as delegações expressaram seus votos a partir de lugares emblemáticos do próprio estado. No entanto, como Biden venceu as primárias com ampla vantagem, a votação na convenção era mera formalidade.

"Obrigado, obrigado de coração a todos. Vamos nos ver de novo quinta-feira [20]", disse o candidato, em referência ao último dia do evento, quando ele pronunciará seu discurso. "É a honra da minha vida aceitar a nomeação do Partido Democrata para a Presidência dos Estados Unidos da América", reforçou Biden no Twitter.

O ex-presidente Barack Obama, que discursará nesta quarta-feira (19), escreveu na mesma rede social que está "orgulhoso" de seu ex-vice.

Segunda noite - Com tom mais morno que a abertura, a segunda noite da convenção teve como destaques os discursos do ex-presidente Bill Clinton e da esposa de Biden, Jill.

"Como se reconstrói uma família destruída? Do mesmo modo como se reconstrói um país. Com amor e compreensão, com pequenos atos de empatia. Com coragem e uma fé irremovível", disse a possível futura primeira-dama.

"Precisamos de uma liderança que valha tanto quanto este país, quanto vocês. Joe fará por suas famílias aquilo que ele fez pela dele", acrescentou.

Já a Clinton coube o papel de atacar Trump. "Nosso partido está unido ao oferecer uma escolha muito diferente: um presidente que trabalha, um homem simples, que termina aquilo que começa. Um homem com uma missão: assumir a responsabilidade, não jogar a culpa nos outros, concentrado, não distraído, que une e não divide", declarou o ex-mandatário.

Clinton ainda criticou o magnata pela gestão da pandemia e da consequente crise econômica, recordando o número de vítimas nos EUA (171,8 mil) e o desemprego. "Somos o único país industrializado a tê-lo triplicado", disse.

Assim como a abertura, a segunda noite da convenção também teve declaração de apoio por parte de um expoente republicano: o ex-secretário de Estado Colin Powell (2001-2005), que afirmou que Biden "não vai adular déspotas e ditadores".

"Biden restituirá a liderança americana e nossa autoridade moral", acrescentou. Na abertura do evento, o ex-governador de Ohio John Kasich, derrotado por Trump nas primárias de 2016, já havia declarado apoio ao democrata.

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