China prolonga exercícios militares nos arredores de Taiwan
Redação RedeTV!Ações estavam previstas para terminarem no domingo (7)
(Foto: AP)
A China prolongou os exercícios militares em Taiwan que estavam previstos para encerrarem no domingo (7). A decisão aumenta ainda mais a tensão instaurada na semana passada, quando a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitou a ilha considerada “rebelde” pelos chineses. As informações são da AFP.
A visita da americana foi vista como uma provocação pela China. O país considera Taiwan como território chinês, apesar da região ter um governo próprio que pouco mais de 10 países reconhecem como independente.
Segundo uma nota divulgada pelo Comando Leste do Exército da Libertação do Povo, os exercícios na região focam em organizar operações conjuntas de ataque subaquáticos e navais. Ainda de acordo com a nota, é possível que a China deixe de utilizar munições reais em Taiwan.
O governo de Taiwan repudiou a continuação dos exercícios militares e acusou a China de criar uma crise deliberadamente. No sábado (6), o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, considerou a reação da China “desproporcional”.
Sanções
Na quarta-feira (3), a China impôs sanções contra Taiwan. Entre as medidas tomadas estão a suspensão das importações de frutas e produtos de pesca de Taiwan, além da paralisação das exportações de areia natural para a ilha. A alfândega chinesa também suspendeu importações de 35 exportadores taiwaneses de biscoitos e doces.
Além disso, a China suspendeu a cooperação com os Estados Unidos na luta contra as mudanças climáticas e questões de segurança.
Entenda
Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, visitou Taiwan de forma não-oficial. Ela chegou ao país durante a manhã de terça-feira (2) (noite em Taiwan) para reforçar o “compromisso dos Estados Unidos com a democracia”.
Inicialmente, Singapura, Malásia, Coreia do Sul e Japão seriam os destinos da política. Apesar disso, fontes da CNN Internacional e da Reuters afirmavam que Pelosi visitaria a ilha, que a China considera uma província rebelde.
Esta foi a primeira vez em 25 anos que um presidente da Câmara dos Estados Unidos desembarcou no país.
Pelosi não é muito querida pelos governantes da China já que ela foi abertamente contra os Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim. Em 1991, dois anos após um massacre contra estudantes na praça da Paz Celestial, a americana abandonou uma comitiva dos EUA e exibiu um cartaz em protesto ao acontecimento.
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