Bombardeio a bases inicia série de ataques aos EUA, afirma Irã

Comandante iraniano afirmou que os três ataques tinham como objetivo danificar estrutura americana e não "matar soldados"

De acordo com a TV estatal do Irã, o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária do país afirmou nesta quinta-feira (9) que os três ataques contra as bases americanas no Iraque fazem parte do início de uma série de investidas contra os Estados Unidos no Oriente Médio.

Segundo declaração de Amirali Hajizadeh, os ataques contra os EUA até o momento não foram realizados com a intenção de matar soldados americanos, mas danificar a "máquina militar" e enfraquecer a presença de Washington na região.

O comandate iraniano ainda disse que a meta de expulsar as forças norte-americanas do Oriente Médio é a "vingança apropriada" pela morte do general iraniano Qassem Soleimani, vítima de um ataque americano em Bagdá no dia 3 de janeiro.

Foguetes na Zona Verde

Dois foguetes atingiram a Zona Verde de Bagdá, capital iraquiana, onde se encontra a embaixada norte-americana nesta quarta (8). Este foi o terceiro ataque do gênero após a morte do general iraniano Qassem Soleimani. Não houve registro de vítimas.

Segundo informações da Associated Press, pelo menos um dos foguetes caiu a 100 metros da Embaixada dos Estados Unidos no Iraque.

O ataque foi reivindicado pelos Guardas da Revolução do Irã, que garantiu terem morrido 80 pessoas - entre estes, 4 americanos.

Pelo menos outras duas bases que abrigam forças americanas e da coalizão internacional no Iraque foram atingidas por mais de uma dúzia de mísseis lançados a partir do Irã, de acordo com o Pentágono.

Papa: "Conflito de grande escala"

O papa Francisco afirmou nesta quinta-feira (9) que a tensão entre Estados Unidos e Irã arrisca criar um “conflito de grande escala”.   

“São particularmente preocupantes os sinais que chegam da região [do Oriente Médio] após o aumento da tensão entre Irã e Estados Unidos, que arriscam colocar à prova o lento processo de reconstrução do Iraque, além de criar as bases de um conflito de grande escala que todos queremos evitar”, disse.   

No discurso, Francisco também fez um apelo para que as partes envolvidas “mantenham acesa a chama do diálogo e do autocontrole”. 

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