Após visita de presidente da Câmara dos EUA, China impõe sanções contra Taiwan
Redação RedeTV!Nancy Pelosi chegou ao país considerado 'rebelde' pelos chineses na terça-feira (2)
(Foto: AP)
A China impôs sanções contra a ilha de Taiwan a partir desta quarta-feira (3), após a visita da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, que deixou o país nesta manhã. A segunda maior potência do mundo entendeu a chegada da política americana como uma provocação.
Entre as sanções, está a suspensão das importações de frutas e produtos de pesca de Taiwan, além da paralisação das exportações de areia natural para a ilha. A alfândega chinesa também suspendeu importações de 35 exportadores taiwaneses de biscoitos e doces.
No entendimento da China, a ilha faz parte do território chinês. Apesar de Taiwan ter um governo próprio, apenas pouco mais de 10 países reconhecem sua independência.
Além das sanções, executivos de quatro grandes empresas taiwaneses estão proibidos de entrar na China continental. O governo chinês ainda destacou que novas medidas poderão ser tomadas caso seja necessário.
"Isso [a visita de Pelosi] prova novamente que alguns políticos dos EUA se tornaram os 'encrenqueiros' das relações China-EUA e os EUA se tornaram o 'sabotador' número 1 da paz e estabilidade do Estreito de Taiwan”, disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, em um comunicado divulgado na manhã desta quarta-feira (3).
Entenda
Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, visitou Taiwan de forma não-oficial. Ela chegou ao país durante a manhã de terça-feira (noite em Taiwan) para reforçar o “compromisso dos Estados Unidos com a democracia”.
Inicialmente, Singapura, Malásia, Coreia do Sul e Japão seriam os destinos da política. Apesar disso, fontes da CNN Internacional e da Reuters afirmavam que Pelosi visitaria a ilha, que a China considera uma província rebelde.
Esta foi a primeira vez em 25 anos que um presidente da Câmara dos Estados Unidos desembarca no país.
Pelosi não é muito querida pelos governantes da China já que ela foi abertamente contra os Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim. Em 1991, dois anos após um massacre contra estudantes na praça da Paz Celestial, a americana abandonou uma comitiva dos EUA e exibiu um cartaz em protesto ao acontecimento.
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