"Foi por pouco que o Brasil não caminhou novamente para um regime autoritário", analisa Gustavo Sampaio
Redação RedeTV!Relatório indiciou 37 pessoas por supostos crimes contra o Estado; material será analisado pelo Ministério Público
(Foto: Reprodução/RedeTV! e Agência Brasil)
O 'É Notícia' desta quinta-feira (21), apresentado pela jornalista Amanda Klein, entrevistou Gustavo Sampaio, advogado e professor de Direito da UFRJ, sobre o inquérito da Polícia Civil que indiciou 37 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Entre os acusados estão o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), Walter Souza Braga Netto, candidato a vice-presidente pelo PL nas eleições de 2022, e o ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid.
O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), e deve seguir para o Ministério Público, que decidirá se irá acusar ou não os indiciados.
Inicialmente, Gustavo analisou os fatos que levaram à instauração do inquérito. “Estamos falando de um Brasil, de um país do mundo ocidental, do mundo democrático, que, em 2022 e 2023, passou muito perto de uma ruptura institucional. Foi por muito pouco que o país não caminhou novamente para um regime autoritário”, analisou Gustavo.
“Cada vez mais as provas e evidências (...) Agora, em relação a esse inquérito específico, começa a ser revelado ao Brasil que altas figuras da política brasileira, tanto civis quanto militares, e o envolvimento do ex-presidente da República”, pontuou.
Questionado sobre os elementos essenciais pelos quais o golpe não se concretizou, Sampaio apontou que há circunstâncias nacionais e internacionais: “O governo americano não estava em campanha, não por manter as democracias no mundo. Internamente, o alto comando das Forças Armadas do Brasil não anuiu [à ideia de golpe].”
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