Em depoimento, Bolsonaro afirma que não pediu para falsificarem dados em seu cartão de vacinação
Redação RedeTV!O ex-presidente depôs durante três horas no âmbito9 da Operação Venire
(Foto: Agência Brasil)
Em seu depoimento à Polícia Federal, nesta terça-feira (16), Jair Bolsonaro afirmou que nunca pediu que colocassem dados falsos em seu cartão de vacinação. O ex-presidente também disse aos delegados que não acreditava que seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, tenha arquitetada a inserção de dados no sistema de vacinação do Ministério de Saúde.
Bolsonaro foi ouvido no inquérito da Operação Venire, que investiga um suposto esquema de adulteração de cartões de vacinação. O esquema teria beneficiado o próprio ex-presidente, sua filha, Laura, Mauro Cid e familiares dele. A PF busca esclarecer se Jair sabia do esquema e se a ordem de acesso ao sistema do Ministério da Saúde partiu dele.
No depoimento, Bolsonaro reiterou seu discurso de quando estava na presidência de que “não havia sido vacinado”, disse que sequer sabia mexer no aplicativo do ConecteSUS e que sua filha não tinha uma conta no gov.br.
O ex-presidente também disse nunca ter ouvido Cid citar o esquema e, nem mesmo, os certificados de vacinação.
“Indagado se Mauro Cesar Cid relatou ao declarante como obteve certificados de vacinação contra Covid-19 falsos, respondeu que Mauro Cid nunca comentou como obteve os certificados de vacinação; que sequer comentou sobre certificados de vacinas”, diz trecho do depoimento.
Além de negar envolvimento no caso, Bolsonaro também negou ter conhecimento do responsável pela emissão, no Palácio do Planalto, de seu certificado de vacinação para viajar para Orlando, nos Estados Unidos.
No que diz respeito ao ex-candidato a deputado estadual pelo PL, Ailton Gonçalves Moraes Barros, que afirmou saber quem foi o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, Bolsonaro disse conhecê-lo há 20 anos, mas que Cid nunca havia mencionado as mensagens.
"Indagado sobre os motivos que levaram o secretário de Governo de Duque de Caxias, João Carlos Brecha, a inserir os dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em nome do declarante no sistema do Ministério da Saúde, respondeu que não tem a menor ideia do motivo", disse a oitiva.
O ex-presidente chegou à sede da PF em Brasília por volta das 13h30, acompanhado de seu advogado Paulo Cunha Bueno. A oitava durou cerca de três horas.
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