Quando o 'felizes para sempre' não é para sempre? Como lidar com uma separação após tanto tempo juntos
Julia Ogeia com supervisão de Ana Martins/ Redação RedeTV!A separação de Sandy e Lucas Lima faz pensar em como superar o término após relacionamentos longos
(Foto: Reprodução/Instagram)
Após 24 anos juntos, Sandy e Lucas Lima anunciaram nesta segunda-feira (25) o fim do casamento. O término chocou os fãs do casal e entristeceu aqueles que esperavam o casal de conto de fadas, e que eles fossem 'felizes para sempre'.
Contudo, para além daqueles que torcem pela relação, a separação também é extremamente dolorosa para quem a vivência. Muitas vezes a dor do término chega, inclusive, a ser comparada com a dor do luto, como explica o psicólogo Yuri Busin, mestre e doutor em Neurociência do Comportamento.
"Términos de relacionamento sempre serão tristes e doídos, porque é um término, é o fim de um ciclo. Existe até muitas analogias que é o luto de uma pessoa viva em certas situações, porque geralmente uma das partes acaba saindo mais triste do que a outra", afirmou o especialista.
Aprender a lidar com esse processo e se adaptar a essas novas mudanças é importante um acompanhamento psicológico, através da terapia, principalmente após longos relacionamentos ou casamentos.
Busin destaca que em todas as coisas são eternas, no entanto, afirma que, mesmo após o término, é possível que o casal, em comum acordo, decida reacender a chama da paixão. "Não é porque houve um término agora que não pode haver uma conexão mais para frente. Muitas vezes o casal está passando por alguma crise, não consegue lidar com aquilo em conjunto e precisa lidar sozinho", acrescenta.
Para isso, a única coisa necessária é que o cônjuge esteja disposto a tentar. Mas essa condição não se aplica somente a uma segunda chance no relacionamento.
Ao perceberam que existe uma desconexão entre o casal, um desgaste da relação e que as divergências da vida individual interferem no relacionamento, muitas pessoas acreditam que a relação não tem mais como funcionar. Mas esse não precisa ser o fim.
"Esse é um processo que muitas vezes é possível evitar, mas que ambos têm que querer caminhar e comunicar-se juntos", explica Busin.
Ainda que o sofrimento seja uma parte quase que inevitável ao final das relações, é essencial que os acordos aconteçam de forma respeitosa, de maneira a evitar cada vez mais machucados.
O especialista ressalta que é importante que após um término os indivíduos façam uma manutenção do autocuidado e amor próprio. Isso porque dentro de um relacionamento, muitas vezes, não conseguimos nos olhar com toda atenção e carinho que precisamos e acabamos nos anulando pelo outro.
"A gente precisa olhar para nós; entender o que aconteceu; voltar a ter a nossa conexão; voltar a preencher o tempo; criar uma nova rotina, porque você cria toda uma rotina com aquela pessoa, você acorda, você vive, você come. Então agora existe essa grande mudança do sozinho. É preciso passar pelo momento de solidão, entender o que é, entender que você pode ser feliz sozinho, não sair correndo para uma substituição, é importante que as pessoas se entendam e respeitem o próprio tempo", aconselha Busin.
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