Órgãos contaminados por HIV: Polícia Civil prende sócio de laboratório
Redação Rede TV!A instituição cumpre mandatos de prisão e de busca e apreensão
(Foto:Reprodução/Agência Brasil)
Nesta segunda-feira (14), a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Walter Vieira, sócio do laboratório PCS Lab Saleme, que, segundo o governo do estado, é responsável por um erro em dois exames, causando a contaminação de órgãos com HIV.
Segundo informações da Polícia Civil, a "Operação Verum" investiga os responsáveis pela emissão de laudos falsificados, que resultaram no transplante de órgãos infectados com HIV para seis pacientes.
As investigações conduzidas pela Delegacia do Consumidor (Decon) indicam que os laudos com ‘falsos-negativos' para sorologia de HIV induziram a equipe médica dos transplantes a erro, gerando a contaminação das vítimas. A operação cumpre mandatos de prisão e de busca e apreensão.
De acordo com o G1, a polícia ainda investiga se o laboratório falsificou outros laudos. “Diversas diligências complementares estão sendo realizadas para identificar toda a cadeia de profissionais envolvidos nesse esquema criminoso, e todos serão responsabilizados na medida de sua respectiva culpabilidade”, informou o Decon.
Relembre o caso
Na tarde de sexta-feira (11), a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que abriu uma comissão multidisciplinar para acolher os pacientes que receberam órgãos transplantados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio de Janeiro, infectados com HIV.
“O laboratório privado, contratado por licitação pela Fundação Saúde para atender o programa de transplantes, teve o serviço suspenso logo após a ciência do caso e foi interditado cautelarmente. Com isso, os exames passaram a ser realizados pelo Hemorio”, diz trecho da nota enviada ao portal da RedeTV!.
Além disso, segundo a SES, será realizado um rastreamento para reavaliar todas as amostras de sangue dos doadores, a partir de dezembro de 2023.
“Uma sindicância foi instaurada para identificar e punir os responsáveis. Por necessidade de preservação das identidades dos doadores e transplantados, bem como do andamento da sindicância, não serão divulgados detalhes das circunstâncias”, completou a nota.
O caso é investigado pelo Ministério da Saúde, que determinou a instalação de uma auditoria urgente pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS no sistema de transplante do Rio de Janeiro.
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