18/04/2024 10:27:00

Idoso levado morto a banco: confira depoimentos sobre o caso

Redação RedeTV!

O motorista de app, funcionários do banco, Érika e sua defesa e o delegado responsável deram depoimentos sobre o ocorrido

(Foto: Reprodução / EFE)

Nesta terça-feira (18), chocou o Brasil a notícia de uma mulher, Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, que levou seu tio, Paulo Roberto Braga, de 68 anos, já morto para uma agência bancária.

A mulher tentou realizar um empréstimo de R$ 17 mil, e foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. A polícia investiga o caso.

Confira o que já se sabe a partir de depoimentos à polícia e à imprensa.

Motorista

O motorista de aplicativo que os levou para o local, afirmou em seu depoimento que os levou para um shopping, perto da agência bancária.

Quando ele chegou ao endereço da partida, Érika estava esperando na calçada, e pediu ajuda a um rapaz para retirar o idoso da residência. 

Ele afirmou que não ajudou no embarque, e foram o rapaz, Érika e suas duas filhas que colocaram Paulo no carro, sentado no banco do carona.

Ao chegarem no shopping, o motorista disse que esperou a mulher buscar uma cadeira de rodas no subsolo, e quando ela voltou, ele segurou a cadeira para que ela colocasse o idoso sentado. Ele foi embora depois que ela retornou.

Imagens das câmeras de segurança do estacionamento do shopping desmentem a versão do motorista, já que mostram que ele também ajudou a colocar o idoso na cadeira de rodas.

De acordo com seu depoimento, o motorista disse que não viu nada de estranho na corrida, como o fato do idoso não ter se mexido durante todo o ocorrido.

Funcionários do banco

A gerente da agência disse em seu depoimento que quando viu o idoso entrando no banco percebeu que ele estava debilitado e quis entender a situação. 

Ela notou que Paulo não estava bem e por isso pediu a Érika que seu tio assinasse um papel antes de fazer o empréstimo. A gerente viu que Paulo estava pálido e não se mexia, e chamou o Samu.

Outros funcionários do banco disseram perceber algo de errado desde o momento que Érika entrou com o idoso no local. 

"Eu abri a porta, para sair, a menina dos serviços gerais falou assim: parece que o homem tá morto!”, disse um funcionário por áudio no WhatsApp.

Samu

Quando chegou ao local, o médico do Samu tentou uma reanimação cardiorespiratória. Ele confirmou a morte de Paulo, e constatou que haviam manchas no corpo, que costumam aparecer apenas duas horas depois do falecimento.

Érika e defesa

A sobrinha de Paulo também deu depoimento, e afirmou que cuidava do tio. 

Ela falou que ele estava internado em uma UPA e recebeu alta na segunda-feira (15). Depois de sair de lá, disse que Paulo queria fazer um empréstimo no valor de R$ 17 mil para comprar uma nova televisão e reformar sua casa.

Também afirmou que o idoso estava debilitado, mas consciente, antes de saírem da residência. Essa versão foi sustentada por Ana Carla de Souza Correa, advogada de Érika. 

Ana afirma que Érika faz tratamento psicológico e toma remédios controlados, após ter passado por uma cirurgia bariátrica. “Acredito que ela estava em surto naquele momento por causa dos medicamentos. Ela estava visivelmente alterada”, afirmou a advogada.

Delegado 

Fábio Luiz de Souza, delegado titular da 34ª DP (Bangu), disse que, em seu entendimento, Paulo já estava morto a pelo menos 2 horas, e falou dos exames realizados. 

"Não dá pra dizer o momento exato da morte. Foi constatado pelo Samu que havia livor cadavérico. Isso só acontece a partir do momento da morte, mas só é perceptível por volta de duas horas após a morte", disse Fábio.

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