05/08/2024 15:57:00 - Atualizado em 06/08/2024 14:59:00

Ex-alunos de colégio renomado em SP quebram silêncio e denunciam abusos de professor

Redação RedeTV!

Cerca de 20 ex-estudantes afirmam ter sofrido abusos em 1990

(Foto:Reprodução/ TV Globo)

O professor de teatro Carlos Veiga Filho, de 61 anos, foi preso em junho desse ano por estupro de vulnerável contra estudantes do Colégio Particular de Serra Negra, no interior de São Paulo. Ele está sendo acusado de uma série de abusos em 1990.

Segundo O Fantástico, da TV Globo, 22 ex-alunos do Colégio Rio Branco, localizado em Higienópolis, em São Paulo, relataram que o professor seria responsável por organização de acampamentos de alunos, e durante o evento chamava alguns meninos. Nesse ritual, os jovens ficam nus e pintavam seus corpos com tintas guache. 

As denúncias foram feitas por vítimas de 12, 13, 14 anos de idade, que disseram que ele tocava os seus órgãos genitais.

Na reportagem, o professor usava de artifícios místicos como “medir a energia vital” ou “limpar os chacras”. E os rituais tinham como nome “amizade, lealdade e honra”.

O portal da Rede TV! entrou em contato com o Colégio Rio Branco, mantido pela Fundação de Rotarianos de São Paulo, que esclareceu o ocorrido após a repercussão do caso.

Segundo a assessoria, a instituição tomou conhecimento do processo envolvendo o ex-professor em julho de 2024, referente ao período em que ele atuava no colégio. No entanto, a instituição afirmou estar "consternada e indignada com o teor dos relatos de ex-alunos trazidos pelas reportagens, uma vez que repudiamos, veementemente, esse tipo de atitude."

Além disso, ainda por meio de nota, o colégio lamentou não ter encontrado registros de denúncias ou investigações que possam ter sido feitas na época.

Nota de pronunciamento do Colégio:

“O Colégio Rio Branco, mantido pela Fundação de Rotarianos de São Paulo, foi mencionado em reportagens referentes ao ex-professor Carlos Veiga Filho, desligado em 2003, há mais de 20 anos, em razão de reestruturação interna. Na ocasião, 196 profissionais de diferentes áreas foram dispensados.

Em julho de 2024, tomamos conhecimento pela mídia de um processo envolvendo o ex-professor, referente ao período em que atuava em um colégio de Serra Negra (SP).

Recebemos com consternação e indignação o teor dos relatos de ex-alunos trazidos pelas reportagens, uma vez que repudiamos, veementemente, esse tipo de atitude.

A Fundação de Rotarianos de São Paulo, com mais de 77 anos de existência, preza pelos princípios da ética e da transparência e conta, há anos, com um canal seguro de Ouvidoria para receber denúncias, sugestões e reclamações, sem que, ao longo desse período, tenha havido qualquer menção aos relatos citados.

Além disso, passados mais de 20 anos, lamentavelmente, não localizamos registros de denúncias ou apurações que possam ter sido feitas à época, nem de medidas que possam ter sido tomadas pela direção anterior.

Diante das informações dos referidos relatos, optamos por criar um canal exclusivo e anônimo para eventuais denúncias, disponível em nosso site:

https://www.frsp.org/Site/pt/formularios/denuncias.aspx.

Estamos empenhados em assegurar que todas as alegações sejam devidamente acolhidas.Esta gestão reforça a confiança em nosso atual corpo docente, formado por educadores de excelente qualificação e em constante desenvolvimento profissional, alinhado com nossos princípios e valores, bem como comprometido com a formação de nossas crianças e jovens.

Compartilhamos do sentimento coletivo de repulsa por toda e qualquer conduta desta natureza e reafirmamos o nosso compromisso com a formação, o desenvolvimento e a integridade de toda a nossa comunidade.

Permanecemos à disposição para prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários.”

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