Estudantes de medicina em SP exibem faixa com frase de conotação sexual e violenta
Caio Fonseca/Redação RedeTV!A ação ocorreu durante um evento esportivo de recepção aos calouros do curso
(Foto:Reprodução/Instagram)
No último sábado (15), ao menos 24 estudantes de medicina da Faculdade Santa Marcelina, na Zona Leste de São Paulo, posaram para uma foto segurando uma faixa amarela com a frase: “entra porra, escorre sangue”. O ato gerou polêmica devido à conotação violenta e à alusão ao crime de estupro.
A ação ocorreu durante um evento esportivo de recepção aos calouros do curso. Na segunda-feira (17), integrantes do Coletivo Francisco — grupo feminista formado por alunos e ex-alunos da instituição — formalizaram uma denúncia junto à administração da faculdade.
“Além de extremamente violento, e com diversas alusões ao crime de estupro, o hino até mesmo faz menção a relações sexuais com membras da igreja que compõe o corpo docente da faculdade (‘vem irmãzinha, pega no meu [censurado]’)”, afirmou o coletivo na denúncia.
(Foto: Reprodução/ Instagram)
Faculdade se manifesta
A Faculdade Santa Marcelina divulgou uma nota de esclarecimento sobre o ocorrido:
“A Faculdade Santa Marcelina se manifesta veementemente contrária ao ocorrido no último dia 15 de fevereiro, em uma competição esportiva que contou com a participação de estudantes do curso de Medicina, integrantes da Associação Atlética Acadêmica.
A instituição esclarece que, no ato de matrícula, o aluno aceita um compromisso formal com a faculdade, de respeito aos seus princípios éticos e morais, à dignidade acadêmica e à legislação vigente. Atitudes como essa constituem agravo à instituição e sua tradição, missão e valores e também à sociedade como um todo.
Nesse sentido, a Faculdade Santa Marcelina já iniciou um procedimento de sindicância interna para apuração dos fatos, e os alunos da instituição responsáveis pelos atos (que ocorreram fora de suas dependências) serão penalizados conforme os princípios estabelecidos e a gravidade da infração. Entre as punições estão advertências verbais e escritas, suspensão e até desligamento (expulsão) da faculdade.”
Coletivo Francisco também se pronuncia
Veja a nota de repúdio publicada pelo Coletivo Francisco:
(Foto:Reprodução/Instagram)
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