Eleições 2024

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Resumão! Debate RedeTV!/Uol é marcado por acusações e novas brigas entre candidatos à Prefeitura de SP

Caio Fonseca/ Redação RedeTV!

O encontro foi promovido pela Rede TV! nesta terça-feira (17), em parceria com o UOL

(Foto:Divulgação/ Rede TV!)

O debate para a Prefeitura de São Paulo, promovido pela Rede TV! em parceria com o UOL, contou com a presença do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e dos candidatos Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB), Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo). O evento, mediado pela jornalista Amanda Klein, começou às 10h20 e teve duração de 2h20.

O debate se iniciou com um confronto direto entre os candidatos, onde cada um fez uma pergunta de tema livre para um adversário e Guilherme Boulos (PSOL) aproveitou para questionar José Luiz Datena (PSDB) sobre suas propostas para a população de São Paulo. O ex-apresentador da Band, no entanto, escolheu abrir a sua resposta relembrando o episódio da cadeirada em Pablo Marçal no debate da TV Cultura, realizado no domingo (15):

"Eu espero que o respeito pela democracia seja o que paute este debate. Não tenho o palavreado político, não ajo como político. Não estou feliz com o que aconteceu no último debate, mas, desde criança, meu pai me ensinou a honrar por mim e pela minha família. Espero que todos apresentem suas propostas. As minhas são simples: reforço na segurança com a guarda, mais saúde com UBS funcionando por mais duas horas, educação com creche por mais tempo e, com certeza, reforço na polícia para combater as drogas. [...] Com bandido, é tolerância zero mesmo”, respondeu Datena.

Nunes x Marçal

Pablo Marçal, em sua primeira aparição na TV após o episódio da "cadeirada" voltou a atacar José Luiz Datena e Ricardo Nunes, elevando o tom do debate. "No último debate, terminei dizendo que o Datena não é homem, e ratifico isso: ele não é. Ele é um agressor, e as cadeiras daqui estão parafusadas no chão por causa do comportamento dele, análogo a uma tentativa de homicídio contra mim", disparou.

O prefeito Ricardo Nunes pediu respeito e focou nas propostas: "Olha, Pablo Henrique, fico decepcionado com sua participação. Digo isso com respeito. A eleição é para apresentar propostas e debater, mas você chegou agredindo a todos: o pai da Tabata, o Datena, o Boulos e a mim. A Marina você poupou um pouco. Precisamos elevar o nível. Não se faz uma proposta sem diálogo."

Em resposta, Pablo Marçal acusou Nunes de ser agressor: "Falando de respeito? Quem já agrediu a esposa e tem boletim de ocorrência? Se ela te perdoou, a cidade de São Paulo precisa te perdoar? Assuma e seja homem de verdade”, disse o candidato do PRTB.

Datena, em direito de resposta, rebateu as acusações de Marçal: "Pablo, você já foi condenado pela Justiça e me acusa sem provas. O único jeito de lidar com bandido, condenado e ladrão de velhinho virtual, é na justiça. Não vou partir para agressão, porque não bato em covarde, duas vezes."

Após mais acusações, Ricardo Nunes também teve direito de resposta contra Marçal: "Ele saiu da cadeia, mas a cadeia não saiu de dentro dele. A forma como ele trata as pessoas é de malandro, de cadeia. Ele manda mensagens se solidarizando, mas depois ataca."

O clima continuou tenso entre Nunes e Marçal, que acusou o prefeito de desviar dinheiro da merenda escolar. Ambos foram advertidos pela mediadora Amanda Klein, que restabeleceu a ordem.

Tabata Amaral x Pablo Marçal

Tabata Amaral questionou Marçal sobre uma afirmação dele, em que a culpava pela morte de seu pai: "Você se arrepende?" Marçal respondeu: "Tabata, me perdoa. Eu fui injusto com você. Não sabia o suficiente sobre sua vida [...] Passei do limite."

Marina Helena x Tabata Amaral

Marina Helena optou por focar em questionamento sobre uso de verba pública e transparência ao indagar quantas vezes Tabata Amaral usou jatinho para visitar o namorado: "Quem pagou?”. Tabata respondeu: "Eu nunca fiz uma viagem de jatinho para visitar meu namorado. Se você está curiosa sobre minha vida pessoal, tem uma série no meu canal." Ela também expôs seus planos para a educação e afirmou que processaria Marina.

Em uma pergunta do jornalista Willian Kury, sobre as tarifas de transporte público, Marina Helena esclareceu: "Não há nada no meu plano que aumente tarifas nos horários de pico. O que defendo é uma tarifa flexível, com redução fora do horário de pico."

Em seguida, a jornalista Stella Freitas perguntou ao candidato Guilherme Boulos sobre o processo envolvendo um sistema de 'rachadinhas' no gabinete de André Janones (Avante) que foi arquivado no Conselho de Ética da Câmara, no qual Boulos era o relator. O candidato do PSOL afirmou que tudo não passa de uma "fake news" e que foi sorteado para ser relator do processo.

No terceiro bloco, o confronto entre Pablo Marçal e Guilherme Boulos trouxe mais farpas ao debate, mas o candidato do PSOL optou por ignorar as provocações do rival e aproveitou para expor seus planos na área da Saúde e o que fará para zerar a fila do SUS nas comunidades. Em sua réplica, Marçal mostrou um relógio dado por uma criança do Jardim Rosana e questionou sobre emendas que, segundo ele, não foram criadas por Boulos.

Em nova troca de farpas entre Tabata Amaral e Marina Helena, a candidata do PSB levantou a questão da saúde mental e perguntou quais eram as propostas de Marina para o tema.

"A verdade é que, com a quantidade de impostos que tiramos dos trabalhadores em São Paulo, sobram recursos para cuidar da saúde mental e ainda dá para reduzir impostos. [...] Aqui, o imposto é cobrado duas vezes e meia mais do que em outros estados. Fico me perguntando para onde vai esse dinheiro", disse Marina.

"Quero acabar com os parasitas, com os cabides de emprego e com as indicações políticas de vereadores para subprefeitos. Isso é diferente dos outros candidatos, que precisam distribuir cargos", completou a candidata do NOVO.

Em uma pergunta do apresentador Felipe Brosco, da Rede TV!, sobre a posição de Tabata Amaral nas pesquisas e a falta de alianças, ela respondeu: "Se tem uma marca na minha trajetória política, é a coerência. Nesse Brasil polarizado e nesse vale-tudo, os extremos sempre penalizam quem é coerente. Tenho uma visão de conciliar, uma agenda social forte com responsabilidade fiscal e sei que isso me afasta tanto da Faria Lima, quanto da esquerda sectária. Mas vou seguir adiante."

Durante o quarto bloco, a jornalista Stella Freitas trouxe à tona uma fala de Edson Marçal, tio de Pablo Marçal, que disse: "Meu sobrinho é muito inteligente, mas não concordo com esse jeito dele de bater nos outros." 

Ao responder o tio, Marçal foi incisivo: "Primeiro, meu tio Edson que se vire para ganhar as eleições no interior de Goiás. Eu não tenho tempo de TV, não tenho padrinho político e não devo nada para a prefeitura. Sou servo do povo. [...] Vai ser no primeiro turno, não adianta gastar milhões", respondeu o ex-coach.

Considerações finais dos candidatos

- Marina Helena (Novo): "A política é reflexo do nosso voto. O que tenho para oferecer é o oposto de tudo isso que estamos vendo aqui."  

- José Luiz Datena (PSDB): "Estou aqui para enfrentar o crime de peito aberto. Não tenho medo de bandido, enfrento de frente."

- Ricardo Nunes (MDB): "A cidade precisa de um caminho seguro. Eu me preparei para dirigir a maior cidade da América Latina."

- Tabata Amaral (PSB): "Tenho clareza de que São Paulo precisa de propostas reais, como escolas em tempo integral e ônibus mais rápidos."

- Guilherme Boulos (PSOL): "Vou zerar a fila do SUS em São Paulo. Assumo esse compromisso com você."

- Pablo Marçal (PRTB): "Os últimos serão os primeiros. Vou continuar lutando e levando porrada, porque decidi ser servo deste povo."

Veja o debate completo:

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