A candidata do PSB criticou o ex-coach e apresentou propostas para educação, saúde e segurança pública

(Foto: Divulgação/ Rede TV!)

Em sabatina realizada na Rede TV!, no programa "É Notícia", a candidata à Prefeitura de São Paulo pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Tabata Amaral, comentou sobre a ação que suspendeu o perfil de Pablo Marçal, que movimentou os bastidores da corrida eleitoral, afirmando que "havia financiamento ilegal".

A deputada federal foi responsável pela ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que restringiu as redes sociais do ex-coach sob o argumento de que havia uma monetização ilegal de conteúdos. 

“Havia indícios, e foi confirmado, de que havia um financiamento ilegal sendo usado pela campanha do Pablo Marçal, tanto para atacar adversários quanto para se autopromover. Tem um nome que a gente usa na rua, que é 'Caixa 2'. Quando você está panfletando, divulgando um candidato, mas não se sabe quem paga aquela pessoa, quem pagou aquele material, de onde vem o dinheiro e de quanto estamos falando, o nome disso é Caixa 2”, disse Tabata Amaral na sabatina da Rede TV!

"Quem decide é a Justiça, e houve uma confirmação de que havia, sim, financiamento ilegal; ou seja, pessoas sendo pagas sem que tenhamos ideia de onde vem esse dinheiro ou qual é o montante, mas é muita coisa para fazer algo que a lei não permite [...] O Pablo Marçal pode estar nas redes sociais, e ele já está, obviamente, mas ele não pode continuar fazendo isso. Nem a ação do PSB, nem a decisão da Justiça entram no mérito do que ele fala. Toda a questão é sobre o financiamento ilegal que estava acontecendo”, completou a candidata do PSB. 

Segundo o Ministério Público Eleitoral, todos os funcionários que trabalham em campanhas políticas devem ser remunerados e declarados pelo partido e/ou pelo candidato. Além disso, como afirma a candidata: "Se você tem impulsionamento, só pode ser pelo perfil oficial do candidato. Não pode haver financiamento em outros perfis que a Justiça não possa observar".

Devido a essa questão, Tabata tomou a dianteira do embate ao publicar um vídeo em suas redes sociais confrontando o ex-coach sobre acusações judiciais e alegações falsas feitas por ele durante debates.

“Me assusta a possibilidade de termos um criminoso como Pablo Marçal comandando a Prefeitura de SP. Esse cara foi preso, condenado e responde a inúmeros processos. Ninguém sabe quem financia a campanha dele. Quando me deparo com um candidato como esse, eu não vejo alternativa a não ser me posicionar”, afirmou Amaral. 

A candidata também não poupou críticas aos demais candidatos, que, segundo ela, aceitam calados as afirmações e argumentos. "Esse cálculo eleitoral: 'ah, para o Boulos é melhor enfrentar o Marçal no segundo turno’ é mesquinho, é arriscado, é brincar com a vida das pessoas. Um cara que não é daqui, que não conhece São Paulo... Quando eu olho para esse cara, ele nem é meu adversário principal."

Ela ainda destacou quem considera seu principal concorrente ao cargo de prefeito: “É o atual prefeito, porque temos uma prefeitura completamente apequenada.”

A polarização das eleições é uma característica marcante para muitos brasileiros, mas Tabata vê essa divisão como indireta e acredita na combinação de boas propostas de ambos os lados.

“Eu me vejo como uma candidata de centro e acho que é assim que o eleitor se vê também. Mas eu questiono um pouco trazer essa lógica de esquerda e direita para uma eleição municipal, porque acho que é uma lógica diferente. Quem depende da prefeitura não arrisca”, afirmou Tabata Amaral.

Educação

A educação é uma das principais áreas abordadas pela candidata. Tabata ressaltou a falta de incentivo e apoio financeiro para que estudantes de áreas periféricas possam ter estabilidade para continuar na escola: “A gente vai começar pela alfabetização. É tutoria, é reforço, é formação de professores, é você valorizar a merendeira, o diretor que entrega um bom resultado, é você reconhecer quem atua numa escola que está numa área mais vulnerável... É esse compromisso que eu quero fazer. A gente vai melhorar a rede inteira, mas quem quer combater a desigualdade prioriza onde está mais difícil”, disse.

O intercâmbio para estudantes de escolas públicas parece uma realidade distante para os jovens de comunidades, mas Tabata propõe: "É muito barato, são R$ 50 milhões para permitir que, todo ano, pelo menos um aluno de cada escola pública faça intercâmbio fora do país.”

Segurança Pública

Na questão de segurança pública, a candidata propõe administrar a cidade de São Paulo com base em três vertentes: “Tecnologia e gestão, zeladoria e prevenção”.

A partir desses pilares, ela comentou sobre as "saidinhas" de presos, um tema que divide opiniões em São Paulo e no Brasil.

“Votei a favor de nós reduzirmos as 'saidinhas' e de limitar a liberação apenas para quem já está em regime semiaberto, como ficou definido no final. O único voto de discordância que dei foi: quem cometeu um crime menor, já está no semiaberto e pode sair para trabalhar, deve poder sair para estudar”, argumentou a deputada federal.

“O que liberta a pessoa é o trabalho e o estudo. O que vai garantir que alguém que saiu do sistema prisional possa construir uma vida diferente não é uma saída em uma data comemorativa, mas sim a possibilidade de fazer um curso, uma profissionalização”, concluiu Tabata Amaral sobre alternativas para a reintegração social.

Transporte Público

As linhas de transporte do estado de São Paulo frequentemente se tornam um obstáculo para os trabalhadores que precisam atravessar a cidade para chegar ao trabalho, enfrentando lotação. Sobre soluções para o transporte público, a candidata afirmou: "A primeira coisa é usar os dados para termos um redesenho mais eficiente, com linhas mais diretas, especialmente em horários de pico. Segundo investimento: corredor de ônibus. O Nunes prometeu 40 km e não entregou nem 7 km", afirmou.

"Um compromisso que eu tenho é expandir ciclovias e ciclofaixas, e garantir que todo terminal de ônibus, metrô e CPTM tenha um bicicletário", propôs a parlamentar.

Saúde

Um dos temas que mais causa indignação na população brasileira são as longas filas para realizar exames pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Tabata Amaral também abordou o problema da corrupção no uso de verbas destinadas à saúde: "A gente sabe que há muita corrupção neste meio."

"Hoje a gente tem pouco uso de dados inteligentes na saúde... Vamos apostar em trazer tecnologia, integrar os dados de cada região, e também com o governo do estado, porque assim começamos a enxergar os buracos", afirmou a candidata.

Fique informado com a RedeTV!

- Clique aqui para entrar no nosso canal de notícias no WhatsApp

- Clique aqui para acessar o Notícias RedeTV! no Youtube

- Assista AO VIVO à programação da RedeTV!