Em sabatina, João Pimenta (PCO) diz que eleitor "é forçado a escolher entre o ruim e o horrível"
Publicada:11/09/2024 20:12:00
Redação RedeTV!
Candidato à Prefeitura de São Paulo sugeriu que a segurança seja feita por meio de “milícias populares”
(Foto: Reprodução/RedeTV!)
João Pimenta (PCO), candidato à Prefeitura de São Paulo, participou da sabatina promovida pela Rede TV! nesta sexta-feira (23). Na conversa com Amanda Klein, ele afirmou que os eleitores precisam “escolher entre o ruim e o horrível” em eleições e comentou a sua visão sobre democracia, educação e privatizações na cidade.
Logo no início, Pimenta comentou sobre os áudios vazados do ministro Alexandre de Moraes, que teria usado o TSE para investigar bolsonaristas. O candidato apontou que parabenizaria o jornalista responsável pela apuração e divulgação.
“Eu queria começar fazendo uma promessa. Numa prefeitura comandada pelo nosso partido, nós faríamos o possível e o impossível para dar ao jornalista Glenn Greenwald o título de cidadão honorário da cidade de São Paulo pelo serviço que ele está fazendo pelas liberdades democráticas”. prometeu.
No decorrer da entrevista, João Pimenta também afirma que não apoiará Boulos (PSOL) se eventualmente estiver fora do segundo turno das eleições: “Nós em geral temos a crença de que nas eleições temos que apresentar uma política do que é aquilo que a gente pensa. Nós não vamos fazer como o Guilherme Boulos que ficou famoso sendo líder do MTST e hoje falou que ‘não sou mais líder de movimento social, sou deputado federal’.”
“Nós não vamos fazer nada disso, vamos falar abertamente o que a gente pensa. Nós não vamos fazer alianças espúrias com as quais a nossa política não bate”, acrescentou o candidato.
Interrogado se conseguiria chegar ao comando da cidade sem concessões, João afirmou que “concessão é uma coisa, trair os seus princípios é outra”.
João Pimenta disse que acredita que o papel do leitor é inviabilizado por uma falta de alternativa válida para votar. Além disso, ele questiona a participação do eleitorado nas decisões da cidade. De acordo com ele, “um dos males da política brasileira é que o eleitor toda vez é forçado a escolher entre o ruim e o horrível e isso impede a criação de uma alternativa genuína”.
“A democracia brasileira é relativa. O trabalhador tem pouco direito e pouca influência. Ele é chamado a votar numa eleição controlada pelo interesse financeiro e no resto, nos próximos quatro anos, ele não apita nada”, pontuou Pimenta.
Ainda de acordo com o candidato, a esquerda e a extrema direita agem por ‘conveniência’. “Nós defendemos os direitos democráticos. Os bolsonaristas tem direitos democráticos como qualquer outro”, e acrescentou: “Se ele quebrarem alguma coisa, tem que ser preso. Mas a maioria das coisas que o Alexandre de Moraes julgou não tem a ver com coisas que eles fizeram”, frisou.
Educação, segurança e mais!
Ainda na entrevista, Pimenta pontuou suas propostas para educação. O candidato acredita na tomada de decisões coletivas de acordo com interesse popular. “Nós vamos transferir o poder de decisão para as comunidades escolares” “Nós queremos que as decisões sejam tomadas coletivamente através de assembleias e que os recursos sejam empregados de acordo com os interesses da população. O povo sabe melhor o que quer do que uma burocracia”.
O candidato também criticou abertamente as propostas de Boulos e Nunes para segurança pública e pontuou que entre as soluções para a cidade está o policiamento realizado por milícias populares eleitas pelos paulistas.
“O nome dessa política é ‘Jair Bolsonaro de segurança pública’, porque é uma política de botar a polícia para reprimir as pessoas e achar que isso vai resolver o problema do crime. O Brasil tem muita polícia”, afirmou.
“Nós temos que dissolver a GCM, formar um sistema onde o policiamento seja feito pelas comunidades através de milícias populares, você elege as pessoas que farão a segurança pública”, sugeriu.
Já sobre o crime organizado, Pimenta afirmou que “o Banco destruiu o país, o PCC só entrou na brexa. Você tem que ver o crime organizado da faria lima e também o crime organizado do PCC”.
Veja a entrevista completa de João Pimenta:
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