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Cracolândia, ação da polícia e mais: O que dizem os candidatos à Prefeitura de SP sobre segurança pública?

Redação RedeTV!

Cindo dos seis perfis mais bem posicionados foram entrevistados em sabatinas na RedeTV!; veja

(Foto: Reprodução/RedeTV!)

Os seis candidatos mais bem posicionados nas pesquisas à Prefeitura da cidade de São Paulo foram convidados para sabatinas comandadas pela jornalista Amanda Klein, no programa “É Notícia”, exibido entre 15 de julho e 29 de agosto, na programação da RedeTV!

Ao longo dos episódios, Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB), Tábata Amaral (PSB), Boulos (PSOL) e Marina Helena (Novo) responderam questões importantes para a cidade de São Paulo. O candidato José Luiz Datena (PSDB) foi convidado pela emissora, mas optou por não participar da sabatina.

Um dos assuntos debatidos com os candidatos foi segurança pública. Veja a seguir as declarações:

Pablo Marçal

O candidato Pablo Marçal (PSDB) afirmou que planeja utilizar a inteligência artificial integrada a câmeras de videomonitoramento para identificar ações suspeitas.

“Essas câmeras [atuais] não são eficientes porque elas não são controladas por uma análise [humana]; elas não têm uma inteligência artificial por trás para detectar e agir imediatamente. O que nós vamos fazer? Nós vamos implementar uma análise preditiva que, de forma estruturada, vai detectar o comportamento humano antes de algo acontecer", afirmou.

Além disso, o candidato também disse que pretende aumentar o efetivo da Guarda Municipal da cidade, que, de acordo com a Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU), possui 1.500 guardas. “Eu quero triplicar o efetivo da Guarda Municipal, levar para as escolas, começando primeiro pelo distrito mais violento da cidade de São Paulo, que se chama Pinheiros.”

Tábata Amaral

A candidata Tábata Amaral (PSB) afirmou que deseja promover uma ação semelhante à realizada em Teresina, que mapeia celulares roubados com apoio da gestão pública, da polícia e das operadoras, e intima pessoas que adquiriram celulares contrabandeados a devolverem os aparelhos.

“O que eu vou fazer como prefeita? Chamar as operadoras: 'Ó, vamos rastrear todo celular que for roubado'. Chamo a polícia. Fizeram isso [em Teresina]: quando uma nova linha é ativada nesse celular, a gente manda uma intimação. Se a pessoa não devolver o celular na delegacia, ela vai responder a um processo. Mas mais da metade [em Teresina] devolve nas primeiras horas, e a gente vai devolver o celular”, assegurou.

Ricardo Nunes

O atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição afirmou que, no quesito de segurança pública, especialmente em relação à Cracolândia, obteve redução de 2.500 para 700 usuários de drogas na região, com o apoio de profissionais de saúde e assistência social em sua gestão.

De acordo com Nunes, "[Temos] 400 profissionais da saúde, todos os dias, convencendo as pessoas a irem para tratamento. Temos mais de 2.500 em tratamento, e a prisão de traficantes" como ações públicas.

Além disso, ele destacou o trabalho de investigações da força policial contra o crime organizado e o investimento na GCM como fator de prevenção. "Vimos as operações que saíram recentemente, o aumento do efetivo da Polícia Militar, da Guarda Metropolitana, e um trabalho muito importante da Polícia Civil na investigação, junto com o Ministério Público."

Questionado sobre a reincidência dos casos, quando pessoas saem do tratamento e retornam ao ambiente de vício, o candidato afirmou que 60% acabam voltando ao círculo vicioso. No entanto, segundo ele, há uma nova fase de convencimento ao tratamento feita pelos profissionais de saúde.

Marina Helena

Marina Helena (NOVO) afirmou que deseja adotar “tolerância zero” com a criminalidade e aumentar o orçamento destinado à segurança pública, que classificou como “absurdo”. A candidata também criticou a falta de integração entre os serviços de monitoramento da Prefeitura e do Governo.

“A gente precisa, de fato, ter uma Tolerância Zero com a criminalidade. Hoje, nós gastamos R$ 1 em cada R$ 100 desse orçamento absurdo que a gente tem aqui na capital com segurança. É pouquíssimo! A minha ideia, Amanda, é triplicar esse orçamento, pois sobra dinheiro em lugares onde não deveria estar", argumentou.

A candidata também defende o trabalho conjunto entre o estado e o governo federal, desde que haja “força para que esteja na ponta”.

“Eu acredito no federalismo. O que é isso? Você dá cada vez mais autonomia para as cidades e estados, e menos para o governo federal. Por quê? Porque quem está perto da população é, principalmente, o prefeito. Depois, o governador, e só então temos o presidente. Outra coisa: as dores são regionais, Amanda. Aqui na cidade de São Paulo, você vai ter locais específicos de crime. Por isso, é tão importante integrar a guarda, para que ela esteja, de fato, junto com a PM e a Polícia Civil", pontuou.

Guilherme Boulos

O candidato do PSOL foi interrogado sobre a sua opinião sobre a GCM, que possui forte armamento na cidade de São Paulo. Ele garante que não pretende remover os equipamentos da Guarda e defende o papel principal e comunitário da força policial.

"Esses fuzis estão lá há 3 anos. Sabe quantas vezes eles foram usados? Nenhuma. Há 3 anos! O papel principal da GCM é o policiamento de proximidade, o policiamento comunitário, né? Atuação ali na porta da escola, na entrada e saída dos alunos.”

“Lógico que o GCM tem que estar com equipamento de primeira linha, protegido, bem preparado, e, sobretudo, com salário valorizado, algo que a gente vai garantir", complementou.


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