29/06/2021 15:13:00 - Atualizado em 29/06/2021 15:18:00

"Não trabalhamos com a hipótese de racionamento", afirma Bento Albuquerque

Redação RedeTV!

"É importante fazermos o uso racional do consumo de energia e do consumo de água", pontuou 

(Foto: Divulgação/RedeTV!) 

Em entrevista exclusiva à RedeTV!, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que não trabalha com a possibilidade de ocorrer racionamento de energia no país.

“Não trabalhamos com a hipótese de racionamento. Não trabalhamos com nenhum cenário que venha implicar em racionamento. O que nós temos feito, primeiro: monitorado nossos sistema, como ele sempre foi feito há muitos anos, 24 horas por dia. Estabelecemos uma governança para que as decisões possam ser tempestivas e tomadas no momento necessário. A medida provisória que o governo encaminhou ontem para o Congresso visa dar governança que permita segurança jurídica para todos os agentes e ministérios que compõem essa câmara, eles vão ter agilidade para tomar medidas no momento adequado”, afirmou durante o programa Opinião no Ar.

Questionado sobre o reajuste na bandeira tarifária na conta de luz, Albuquerque explicou que a mudança já era “prevista”.  “O reajuste da bandeira tarifária era, de certa forma, esperada. A geração de energia se tornou mais cara em face da crise hídrica”, pontuou.

“As bandeiras tarifárias foram introduzidas no ano de 2015. O objetivo é que o custo da energia seja pago antecipadamente, e não no reajuste anual da tarifa do consumidor. O distribuidor de energia está pagando por essa conta. Esse é o propósito da bandeira tarifária”, completou. 

Durante a entrevista, o ministro também esclareceu como funciona o reajuste da tarifa de energia no país.  “A bandeira tarifária é reajustada anualmente. Isso acontece em decorrência do valor da geração que foi feita no ano anterior, e o que se prevê para esse ano. Em 2021, estamos vivendo uma crise hídrica e, desde outubro de 2020, estamos fazendo uma geração de energia mais cara, por meio de  termelétricas à óleo combustível, diesel, gás natural e carvão. Isso encarece a conta para qualquer consumidor. Não é o governo que paga essa conta. Quem paga a conta são os geradores de energia e as distribuidoras que compram essa energia e repassam aos consumidores. Por isso, é importante nós fazermos o uso racional do consumo de energia e do consumo de água, já que vivemos uma crise hídrica”, esclareceu.

Por fim, Albuquerque ressaltou mudanças importantes no processo de geração de energia. “Nossa matriz mudou a matriz de geração de energia. Mudou muito de 2001 para 2021.Como mudou também de 2014 para 2021.Ela é muito mais diversificada e menos dependente da geração hidrelétrica. Em 2001, a geração hidrelétrica correspondia a 85% da nossa matriz. Hoje, corresponde a 60%. Introduzimos fontes renováveis na nossa matriz, o que é muito bom, como a eólica, a solar, a própria biomassa. Ou seja, nós temos hoje mais segurança no fornecimento de energia”, enfatizou. 

“Progredimos muito. Mais do que duplicou nossas linhas de transmissão. Hoje, nós temos cerca de 165 mil quilômetros de linhas de transmissão e, naquela época, tínhamos cerca de 60 mil quilômetros. Naquela época havia limitação para você transportar energia de uma região para outra. Hoje nosso intercâmbio é muito maior”, concluiu o ministro. 

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