Casal decide ter novo bebê para salvar a vida da filha com câncer
Redação/RedeTV!Um casal decidiu ter um novo bebê para ter um chance de salvar a vida da filha diagnosticada com leucemia. A australiana Abby Walker, de Melbourne, foi diagnosticada com a doença em julho de 2006, quando tinha apenas dois anos e começou a sofrer com sangramentos no nariz, dores nas costas e machucados que apareciam sem motivo.
Depois de presenciarem a filha passar por diversas sessões de quimioterapia, Nicole e Jim Walker começaram a discutir a possibilidade de ter um filho que poderia gerar células-tronco que salvariam Abby caso o tratamento tradicional falhasse. Apesar de Abby ter vencido a doença, o plano continuou intacto.
"Muitas pessoas acreditam que você está brincando de Deus, mexendo com células-tronco, mas eu acredito que qualquer um faria qualquer coisa para salvar sua filha se colocado nessa posição", contou Jim para a rede de TV ABC Australia.
Mesmo após o médico dizer que Abby tinha 80% de chance de se recuperar com a quimioterapia, o casal, que já tinha três crianças incluindo Abby, decidiu continuar com o plano. Eles contam que sempre desejaram uma quarta criança na casa, mas o diagnóstico de Abby 'acelerou' o processo. James nasceu em maio de 2008, e suas células-tronco foram extraídas e guardadas no Royal Children's Hospital, em Melbourne. Segundo médico Peter Downie, existe uma chance de 25% das células de James combinarem com as de Abby.
Jim disse que ainda não quer 'brincar com o destino' e fazer o teste de compatibilidade, mas que gostaria de saber apenas por uma questão de 'paz de espírito'. Já Nicole afirmou que, caso o teste dê negativo, ela consideraria a hipótese de ter um quinto filho: "Eu não vejo mais crianças em um futuro próximo. Acho que quatro são o bastante. Mas se a gente estiver nessa situação e a Abby precisar de um transplante e os outros três não foram compatíveis então eu consideraria a hipótese de ter mais um filho".
Abby, agora com 11 anos, faz um acompanhamento médico anual para descobrir se existe ainda algum rastro da doença em seu corpo. Apesar dos temores, o doutor Downie disse que ficaria 'impressionado' se o câncer voltasse.