25/04/2019 17:09:00 - Atualizado em 25/04/2019 17:10:00

Jovem sofre AVC após estalar pescoço; pode acontecer com qualquer pessoa?

Lucas Soares/RedeTV!

Movimentos bruscos no pescoço, incluindo estalos, podem causar um AVC

Britânica Natalie Kunicki foi parar no hospital após o movimento (Foto: Reprodução/Facebook)

Uma britânica de 23 anos sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) após estalar o pescoço. A lesão foi causada por um coágulo que se formou após o rompimento de uma artéria vertebral. Mas será que qualquer um está sujeito a esse risco?

Ao portal da RedeTV!, o cirurgião vascular Dr. Rogério Abdo Neser explicou que movimentos bruscos no pescoço, incluindo estalos, podem, sim, causar um derrame. No entanto, o especialista garante que são casos muito raros e que não é necessário “causar alarde” com isso. “Já vi situações parecidas, mas não é comum”, ressalta ele.

Sobre como previnir esse tipo de acidente, o médico diz que “não existe nenhum fato que seja possível prever" e acrescenta que "a recomendação seria evitar movimentos muito bruscos com o pescoço, mas não existe nada que garanta”.

Em relação à lesão da britânica, o especialista relata que como o vaso rompido é uma artéria vertebral, a lesão acaba não sendo tão grave. No entanto, se uma das artérias principais fosse lesionada, o quadro seria mais complicado e “poderia levar, inclusive, à morte”.

Apesar de raro, estalos em outras partes do corpo também podem causar um coágulo. "Pode ocorrer de formar uma trombose na artéria do braço dependendo do movimento, mas é algo muito difícil de acontecer”, ressalta o médico.

Relembre o caso

A britânica Natalie Kunicki, de 23 anos, sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) após estalar o pescoço enquanto assistia um filme com uma amiga na noite do último dia 4 de março. A jovem notou que havia algo errado quando tentou levantar para ir ao banheiro e não conseguiu mexer a perna esquerda.

De acordo com o jornal Daily Mail, a paramédica rompeu uma artéria vertebral durante o estalo, que criou um coágulo sanguíneo. Apesar da lesão, Natalie só acionou o socorro no dia seguinte.

A jovem admitiu que estava embriagada no momento e demorou para chamar uma ambulância pois não queria que os colegas de profissão a encontrassem naquele estado. Ela ainda disse que acreditou que os sintomas eram resultantes do consumo de álcool. “Pensei que seria muito improvável que fosse um AVC, devia ter pensado melhor”, contou.

A paramédica deu entrada no Hospital Universitário de Londres e passou por uma cirurgia de emergência que durou três horas. “Uma ruptura pode levar a um derrame se um coágulo de sangue se formar no local da lesão e, posteriormente, se libertar para bloquear o fluxo sanguíneo para o cérebro", explicou Robert Glatter, do Hospital Lenox Hill.

Segundo o site de notícias britânico Unilad, Natalie continua com paralisia parcial mesmo após semanas depois da operação. Ela passou por sessões de fisioterapia e recuperou alguns dos movimentos, mas ainda não existe previsão de quando Natalie deve voltar a andar completamente.

(Foto: Pexels)

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