"Estamos confiantes na segurança da vacina", diz laboratório chinês que desenvolve a CoronaVac
Redação/RedeTV!Anvisa suspendeu testes no Brasil na segunda-feira (9) após 'evento adverso grave'
Embalagem da vacina Coronavac, da farmacêutica chinesa Sinovac, que será testada em 9 mil voluntários no Brasil — (Foto: Divulgação/Governo de SP)
A empresa Sinovac, farmacêutica chinesa responsável pelo desenvolvimento da vacina chinesa contra a Covid-19, afirmou em comunicado oficial nesta terça-feira (10) que "está confiante na segurança" do imunizante. O pronunciamento ocorre um dia depois da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciar a suspensão temporária dos testes da CoronaVac devido a um "evento adverso grave".
A farmacêutica afirmou que ficou "sabendo que o chefe do Instituto Butantan acreditava que esse evento adverso grave não tem relação com a vacina". A empresa ainda disse que o estudo clínico em fase 3 no Brasil "é realizado estritamente de acordo com os requisitos do GCP" (Good Clinical Practice, ou "boas práticas clínicas" em tradução livre).
Com a interrupção do estudo, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado. Mesmo com a repercussão do caso, a Anvisa não informou a causa específica da suspensão dos testes.
A CoronaVac é uma das candidatas a vacina contra o coronavírus e é desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.
Butantan diz que estranha decisão
O diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou em entrevista à TV Cultura na segunda-feira (9) ter recebido "com estranheza" a notícia da suspensão temporária dos testes em humanos. Segundo ele, se trata de "um óbito não relacionado à vacina" e, portanto, "não existe nenhum momento [ou motivo] para interrupção do estudo clínico" da fase 3.
"Em primeiro, a Anvisa foi notificada de um óbito, não de um efeito adverso. Isso é diferente. Nós até estranhamos um pouco essa decisão da Anvisa, porque é um óbito não relacionado à vacina", afirmou o diretor do Butantan.
"Como são mais de 10 mil voluntários nesse momento, podem acontecer óbitos. Nesse momento, [o voluntário] pode ter um acidente de trânsito e morrer. Ou seja, é um óbito não relacionado à vacina. É o caso aqui. Ocorreu um óbito que não tem relação com a vacina", disse Covas.
O diretor também afirmou que o Butantan já pediu esclarecimentos à Anvisa sobre a interrupção e que espera ter mais detalhes na manhã desta terça-feira (10).
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