Começa teste de vacina anti-Covid de Oxford em São Paulo
AnsaA candidata é tida como uma das mais promissoras para deter a pandemia e está na terceira e última fase de testes
Paciente recebe possível vacina contra o coronavírus em Seattle, nos Estados Unidos - (Ted S. Warren/The Associated Press)
Começou no último fim de semana o estudo clínico em São Paulo da vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2 desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.
A candidata é tida como uma das mais promissoras para deter a pandemia e está na terceira e última fase de testes, quando é avaliada sua eficácia para imunizar seres humanos.
O estudo é conduzido simultaneamente no Reino Unido e no Brasil, que foi escolhido para participar da pesquisa pelo fato de ainda ter uma grande circulação do novo coronavírus em seu território.
O teste na capital paulista é coordenado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com apoio da Fundação Lemann, mas o estudo também será feito no Rio de Janeiro, sob orientação da Rede D’Or.
As doses serão aplicadas em adultos de 18 a 55 anos, prioritariamente profissionais de saúde da linha de frente contra a pandemia ou pessoas com risco aumentado de exposição ao Sars-CoV-2, como funcionários de hospitais ou motoristas de ambulâncias.
A vacina ChAdOx1 nCoV-19 utiliza um adenovírus de chimpanzés para apresentar ao sistema imunológico a proteína spike, usada pelo coronavírus para agredir células humanas. Os voluntários serão acompanhados por 12 meses, mas a multinacional AstraZeneca, responsável pela produção e distribuição em nível mundial, espera ter resultados em setembro.
A empresa inclusive já iniciou “cadeias de produção” nos Estados Unidos, na Índia, na Itália e no Reino Unido e diz ter acordos para fabricar pelo menos 2 bilhões de doses, mas o Brasil não faz parte de nenhum deles neste momento.
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