07/04/2020 11:34:00

Brasil terá pico de coronavírus em abril e maio, aponta relatório de Mandetta

Redação/RedeTV!

País deve enfrentar a pandemia até meados de setembro

(Foto: Divulgação/Agência Brasil)

Segundo relatório técnico assinado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e especialistas em saúde afirma que o Brasil terá pico dos casos de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, em abril e maio e que o país continuará enfrentando a pandemia até meados de setembro. 

O texto, publicado nesta terça-feira (7) na “Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical” e divulgado pela agência de notícias científicas Bori, aborda como o Brasil tem lidado com a pandemia. O estudo ainda traz a cronologia das ações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do País. 

"Embora o Brasil esteja tentando implementar medidas para reduzir o número de casos, principalmente focados no isolamento social, um aumento nos casos de Covid-19 é esperado nos próximos meses. Vários modelos matemáticos mostraram que o vírus estará circulando até meados de setembro, com um pico importante de casos em abril e maio", diz o relatório, sem citar números.

No entanto, o artigo alerta para o período de outono e inverno, em que há maior ocorrência de doenças respiratórias. O relatório cita medidas como isolamento social e uso de máscaras como formas de conter o avanço do vírus no Brasil.

"Assim, existem preocupações quanto à disponibilidade de unidades de terapia intensiva (UTI) e ventiladores mecânicos necessários para pacientes hospitalizados com Covid-19, bem como a disponibilidade de testes de diagnóstico específicos", alerta.

O estudo também cita o uso de máscaras como uma das medidas de prevenção que podem ajudar a conter o avanço do coronavírus. Na Ásia, o uso de máscaras é culturalmente aceito e não há o costume de abraços de beijos, como há no Brasil. "Essas diferenças podem ser decisivas em evolução das pandemias", afirma o documento.

O autor principal do relatório é Julio Croda, médico infectologista que em março deixou o cargo de diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis e é pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (MS) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Assinam também Wanderson Kleber de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde, entre outros.

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