20/07/2020 10:20:00 - Atualizado em 20/07/2020 10:34:00

Vacina chinesa contra coronavírus que será testada no Brasil chega a SP; testes começam na terça (21)

Redação/RedeTV!

20 mil doses serão aplicadas em 9 mil voluntários no País; além de São Paulo, vacina será testada em outros 5 estados e DF


Carregamentos da vacina chinesa que será testada em parceria com o Instituto Butantan chegam em Guarulhos, SP, na madrugada desta segunda (20) - (Foto: Reprodução/ Jornal Folha de S. Paulo)

As 20 mil doses da vacina chinesa, produzida pelo laboratório Sinovac-Biotech, que será testada no Brasil contra o coronavírus chegaram a São Paulo na madrugada desta segunda-feira (20) no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, de acordo com informações do Instituto Butantã.

A carga chegou em um voo da Lufthansa que saiu no domingo (19) de Frankfurt, na Alemanha, e chegou às 4h12 em Guarulhos. A previsão feita pelo governo de São Paulo é de que os testes com voluntários começariam ainda hoje, mas as primeiras doses serão aplicadas na terça (21), em profissionais selecionados no Hospital das Clínicas de São Paulo.

O governador João Doria (PSDB-SP) comemorou a chegada das doses a São Paulo nas redes sociais. "Sentimento de esperança em dar esse passo importante na batalha contra a covid-19. Divulgaremos mais detalhes na coletiva de imprensa hoje, às 12h45", escreveu.

Nesta terceira fase de testes, 9 mil voluntários irão receber a vacina contra o coronavírus - batizada de "Coronavac". O Instituto Emílio Ribas, na Zona Oeste de São Paulo, começou a cadastrar na última quarta-feira (15) os voluntários. As inscrições continuam abertas e a prioridade é testar os profissionais da área da saúde.

As doses também serão distribuídas em 12 centros de outros estados – Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal. ​O custo da testagem é estimado em R$ 85 milhões.

Ainda de acordo com o governo estadual, o Instituto Butantan está adaptando uma fábrica para a produção da vacina, com capacidade de até 100 milhões de doses. O acordo com o laboratório chinês prevê que, se a vacina for efetiva, o Brasil ficará com 60 milhões de doses para distribuição.

A vacina foi criada pelo laboratório chinês Sinovac Biotech e é vista pelo diretor do Butantã, Dimas Covas, como “uma das mais promissoras” entre as testadas no mundo. A imunização já teve o aval da Anvisa para ser testada no País. 

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