Terreirão do Samba, onde jovem morreu eletrocutada, não tinha licença dos bombeiros para funcionar
Redação/RedeTV!Local foi interditado pela Polícia Civil do RJ
(Foto: Reprodução/Facebook)
O Terreirão do Samba, local onde uma jovem de de 20 anos morreu eletrocutada durante uma festa na madrugada do último domingo (14), não tinha licença do Corpo de Bombeiros para funcionar, como informou a corporação. Maria Fernanda Ferreira de Lima chegou a ser socorrida para o Hospital municipal Souza Aguiar, mas teve quatro paradas cardíacas e não resistiu. O espaço na região central do Rio de Janeiro foi interditado pela Polícia Civil para perícia.
O acidente ocorreu por volta das 4h da manhã. De acordo com amigos da estudante de odontologia, ela levou a descarga elétrica ao encostar em uma barra de ferro em uma área restrita da produção de um festival de funk, atrás do palco. Uma amiga da jovem, identificada somente como Maria Luíza, também levou um choque, mas passa bem. A Secretaria Municipal de Saúde informou que Maria chegou ao Hospital já em parada cardiorrespiratória e não resistiu.
Um inquérito foi instaurado para investigar a morte da jovem, segundo os policiais civis da 6ª DP (Cidade Nova). O responsável pelo evento e pelo Terreirão foram ouvidos na delegacia e a responsável pelo casa aguarda a chegada do laudo técnico.
A Universidade Veiga de Almeida manifestou pesar pelo falecimento de Maria Fernanda. "Em solidariedade e respeito à aluna e aos colegas de turma, não haverá aulas nesta segunda e terça-feira para os doscentes do primeiro e segundo períodos de Odontologia", disse a universidade, em nota.
O evento foi organizado pelo coletivo Puff Puff Bass e realizado com a devida autorização da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), que faz a gestão do Terreirão do Samba. O espaço foi cedido em troca de 15% da bilheteria. A organização se manifestou em nota nas redes sociais, lamentando o ocorrido.
"Infelizmente nessa noite, por volta das 4h, fomos informados pelos nossos brigadistas de incêndio de que havia acontecido um incidente. Logo após, nossos médicos decidiram que o melhor a se fazer era encaminhá-la ao hospital. Repassamos essa informação para o Terreirão do Samba e decidimos, a partir desta ocasião, encerrar o evento. Nós zelamos muito pela integridade de cada pessoa que escolhe ir a Puff Puff Bass e, no momento, o melhor a se fazer para preservar cada um de vocês foi encerrar o evento um pouquinho mais cedo", informa a nota.
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