Pelo menos 10 criminosos participaram da chacina em Osasco
Agência BrasilPelo menos 10 criminosos participaram da chacina em que 18 pessoas foram assassinadas na semana passada na Grande São Paulo. Segundo o secretário de Estado da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, as investigações identificaram três grupos responsáveis pelos ataques feitos na última quinta-feira (13) em Osasco, Barueri e Itapevi. “São, no mínimo, 10 criminosos envolvidos. As imagens apontam que havia quatro pessoas no [carro] Peugeot e mais duas em uma motocicleta, em Osasco”, disse hoje (17) Moraes.
As testemunhas começaram a ser ouvidas. Ainda na tarde de hoje, deverão ser tomados os depoimentos das vítimas que sobreviveram à chacina. Três baleados permanecem internados, sendo um em estado grave. Os laudos indicam o uso de armas de quatro calibres: 380, 45, 38 e 9 milímetros (mm). O caso é investigado por uma força-tarefa composta por 70 policiais civis e técnico-científicos, além da Corregedoria da Polícia Militar.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciou hoje uma recompensa de R$ 50 mil por informações que ajudem a elucidar o crime. A iniciativa foi bem recebida pelo ouvidor das Polícias de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves. “Para a sociedade civil, isso é uma coisa muito boa. Existe, agora, a possibilidade de elucidar tudo isso daí”, ressaltou.
Outra mudança importante do governo estadual, na opinião de Neves, é que a possível participação de policiais militares no crime é tratada abertamente. “O próprio governo reconhece a possibilidade de ter policiais militares. Isso, para a gente, é sinal que está prosperando, a esperança de que se acabe com essa sina no estado”, acrescentou. Uma das hipóteses é que os crimes sejam uma vingança pelo assassinato de um cabo da PM no último dia 7 em Osasco.
Segundo os dados da ouvidoria, de janeiro a julho deste ano, policiais militares em serviço mataram 454 pessoas no estado. No mesmo período, 32 policiais foram mortos (23 fora de serviço). Em todo o ano de 2014, policiais militares em serviço mataram 801 pessoas.