Grávida de sete meses, noiva morre momentos antes de subir ao altar em São Paulo
Redação/RedeTV!Jéssica Victor Guedes teve um AVC e não resistiu
(Foto: Reprodução/Instagram)
Jéssica Victor Guedes, de 30 anos, estava grávida de sete meses e acabou falecendo no último sábado (14) momentos antes de subir ao altar em São Paulo. A enfermeira começou a se sentir mal na limosine a caminho da igreja, quando se preparava para casar com o policial militar, Flávio Gonçalves da Costa.
Os familiares acreditavam que o mal-estar era por conta da ansiedade pré-casamento. "Ela estava bem, teve o dia de noiva, estava feliz. Cheguei a conversar com ela logo depois que ela começou a se sentir mal. E aí tudo ocorreu. Eu pedi para chegar na igreja no caminhão de bombeiros, e saí de lá para uma unidade de emergência", contou Flávio ao site Universa.
Por conta de uma cesárea de emergência, Sofia, de 29 semanas, nasceu pensando 1kg e está recebendo cuidados na UTI Neonatal na capital paulista. A recém-nascida ficará internada por mais três meses, segundo informações do Portal R7.
"A gente ficou sabendo que o caso era grave e que só restava salvar nossa filha. O parto foi muito rápido. Foi uma coisa dividida, porque entrei na sala e vi a operação, minha filha viva e, ao mesmo tempo, a equipe retirando o útero da Jéssica, aquela hemorragia, tudo aberto. O diagnóstico foi devastador. Jéssica teve um AVC hemorrágico, causado por uma eclampsia”, relatou Flávio.
"Ela foi uma supermãe, deu a vida para a filha. Eu estava com ela agora, cantando a música que ela sempre cantava. Está sendo difícil, me sinto saindo de um pesadelo a cada minuto. Vai ser difícil, vou ter que ser pai e mãe, mas a Sofia sempre vai simbolizar o nosso amor", contou o noivo emocionado.
Flávio ainda acrescentou ter sido surpreendido, já que a enfermeira não apresentava problemas na gestação. “Ela fez todo o pré-Natal e não registrou nenhuma ocorrência fora do normal, pressão alta, nada. Ela fazia atividade física, se alimentava bem, tudo corrida perfeitamente", contou o PM.
Em nota, o Hospital Pro Matre Paulista no qual Jéssica estava internada, esclareceu: ”No momento, toda a equipe da Maternidade está priorizando o apoio, conforto e atenção às famílias do Tenente Gonçalves e da paciente, ajudando-as com todas as providências necessárias”, segundo informações da Universa.
Por não ter condições de arcar com as despesas médicas, o noivo se uniu com os colegas de profissão e fizeram uma vaquinha online. Em pouco tempo, 37 % da meta já havia sido alcançada. "A verdade é que eles salvaram a minha filha, mas no momento não sei como vou pagar por isso", contou. "Alguns falam que o tratamento todo vai superar os R$ 350 mil, mas eu não sei, não fui atrás disso. São estimativas que alguns amigos da gente fizeram, mas nem sei se estão corretas".
A família decidiu que os órgãos de Jéssica serão doados: “A Jéssica foi guerreira, deu a vida dela pela nossa filha. Ela é o ser mais iluminado que já conheci. Sei que essa demora foi terrível para a família, mas ela ajudou muitas pessoas, era um desejo dela doar os órgãos”, disse.
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