Flamengo diz que multas e alvará não têm "nada a ver" com incêndio em CT
Agência BrasilO CEO do Flamengo, Reinaldo Belotti, falou neste sábado (9) sobre posicionamento do clube após o incêndio que deixou 10 mortos e ao menos 3 feridos no centro de treinamento do clube.
No pronunciamento, o representante do clube comentou a informação concedida pela prefeitura do Rio de Janeiro sobre as 31 multas recebidas pelo clube por conta do licenciamento do CT Ninho do Urubu.
“Alvarás e multas não têm nada a ver com o incêndio que ocorreu. Trabalhados de forma árdua em busca das licenças. Precisávamos de nove certificados para obter o alvará, já temos oito”, afirmou Belotti, segundo o portal UOL.
De acordo o CEO, o incêndio que atingiu o alojamento dos atletas de categoria de base não ocorreu por descuidos do clube. “A verdade é que aconteceu um acidente trágico. Não foi por falta de investimentos e nem de cuidados do Flamengo. Eles eram o nosso maior ativo, o nosso futuro e prezamos muito por isso. Não poupamos esforços em dar o melhor para o nosso pessoal”, concluiu.
A prefeitura do Rio de Janeiro informou neste sábado (9), por meio de nota, que o Flamengo pagou somente 10 das 31 multas aplicadas por irregularidades no licenciamento do centro de treinamento do clube. Conhecido como Ninho do Urubu, o Centro de Treinamento Presidente George Helal, em Vargem Grande, sofreu um incêndio que matou 10 adolescentes na madrugada de ontem (8).
As penalidades foram aplicadas em um intervalo de pouco mais de um ano pela Secretaria Municipal de Fazenda do Rio. O primeiro auto de infração foi emitido em 20 de outubro de 2017; e o último auto de infração, em 14 de dezembro de 2018.
De acordo com a prefeitura, o pedido de alvará de funcionamento foi apresentado em setembro de 2017. No entanto, como o certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros não foi apresentado, o documento não foi concedido.
A prefeitura informou ainda que a área de alojamento atingida pelo incêndio não consta como área edificada no último projeto aprovado pela área de licenciamento, em 5 de abril de 2018. No projeto, a área está descrita como um estacionamento de veículos, não como um alojamento. A prefeitura afirmou não ter registros de novo pedido de licenciamento da área para uso como dormitórios.