Corpos de Marielle Franco e motorista são enterrados no Rio de Janeiro
Redação RedeTV!
Foto: Reprodução/Twitter Mídia Ninja
Familiares e amigos de Marielle Franco, vereadora do PSOL assassinada a tiros nesta quarta-feira (14) no Rio de Janeiro, e do motorista Anderson Gomes, também morto junto com a política, acompanharam o sepultamento dos corpos no fim da tarde desta quinta-feira (15).
Por volta de 17h30, o corpo de Marielle foi enterrado no Cemitério São Francisco Xavier, na zona portuária do Rio. Já os familiares de Anderson se despediram do motorista no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte. No mesmo horário, cortejos homenagearam as vítimas pela cidade.
Tanto Marielle como Anderson foram velados juntos na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro desde as 11h da manhã.
Foto: Reprodução/Twitter Mídia Ninja
Marielle, de 38 anos, uma conhecida ativista do movimento negro e crítica da violência policial no Rio de Janeiro. Ela estava dentro de um carro no bairro de Estácio, centro da capital fluminense, quando criminosos emparelharam outro veículo e abriram fogo. O motorista do automóvel onde estava a vereadora, Anderson Pedro Gomes, também morreu.
As características do crime - uma emboscada sem roubo - apontam para a hipótese de execução, que é a principal linha de investigação da polícia. Ao menos nove cápsulas de bala foram achadas ao lado do carro da vereadora, que voltava de um encontro com jovens negras.
Segundo a Polícia Civil, os bandidos que mataram a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Pedro Mathias Gomes na noite desta quarta-feira (14) no Rio seguiram o carro onde estava a vítima desde a Lapa até o local dos disparos, na Rua Joaquim Palhares, no Estácio. O assassino também teria usado uma pistola de uso restrito, calibre 9 mm. Pelo menos três disparos atingiram a cabeça da vereadora.
(Foto:Fernando Frazão/Agência Brasil)
O deputado estadual do Psol Marcelo Freixo foi ao local do crime e disse que não sabia de nenhuma ameaça contra Marielle, mas ressaltou que as características de execução são "muito nítidas".
Nascida e criada na favela da Maré, Marielle foi a quinta vereadora mais votada nas eleições municipais de 2016, com 46.502 votos. Nos últimos dias, postou mensagens nas redes sociais denunciando a violência policial no Rio.
"Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?", escreveu no Facebook. Ela também chamou o 41º Batalhão da Polícia Militar de "Batalhão da Morte" por causa de denúncias de crimes no bairro de Acari.
Marielle também era crítica da intervenção militar do Governo Federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
