Coronavírus: João Doria decreta quarentena e número de mortes chega a 15 no estado de SP
Redação/RedeTV! com ABrAções visam conter pandemia do Covid-19
O governador de São Paulo, João Doria, e o prefeito da capital paulista, Bruno Covas, anunciaram neste sábado (21) novas medidas para intensificar o combate ao coronavírus no estado em coletiva de imprensa.
Ao confirmar que o número de casos no estado chegou a 15, Doria anunciou a determinação de quarentena a partir de terça-feira (24) pelo período de 15 dias, até o dia 7 de abril.
Ao todo, serão afetados 645 municípios do estado de São Paulo. Apenas um dos mortos em São Paulo estava abaixo dos 60 anos, mas tinha outros problemas de saúde associados. São 396 casos confirmados no estado de São Paulo até 18 horas de sexta-feira (20), com 15 mortes e 34 pacientes internados em UTI em tratamento. Ao todo, são 9 mil casos suspeitos.
Quarentena
Sete tipos de serviços essenciais continuarão a funcionar nesse período: saúde pública e privada, abastecimento, transportes públicos, alimentação, segurança, limpeza e bancos e lotéricas. O governador esclareceu que as indústrias também continuarão a funcionar, com cuidados especiais para os funcionários, para evitar desabastecimento.
Todos os demais tipos de comércio e de serviços ficarão fechados nesse período. “Estamos numa guerra de vida ou morte. Queremos seguir uma trajetória de vida, protegendo a vida das pessoas”, justificou o governador. Na área de saúde, poderão funcionar em caráter de excepcionalidade hospitais, clínicas, farmácias e clínicas odontológicas.
Na área de alimentação, só estarão abertos supermercados, hipermercados, padarias e açougues. Bares, restaurantes e cafés ficarão fechados, funcionando apenas para entrega (delivery). As padarias funcionarão apenas para venda e não poderão servir alimentos preparados em mesas. “O uso de delivery é uma forma criativa de seguirem funcionando e mantendo o emprego dos profissionais e seus negócios. Solicitamos que empresários sejam criativos e solidários num momento de profunda dificuldade para o país e logicamente para o estado de São Paulo”, disse o governador.
Em relação ao setor de abastecimento, funcionarão transportadoras, armazéns, postos de combustível, oficinas mecânicas, pet shops e bancas de jornais, porém operando com resguardos para os funcionários. Todo o transporte público – ônibus, trens, metrôs e táxis – continuarão a funcionar, assim como os aplicativos de transporte.
Em relação à segurança, todo o sistema de segurança pública e as empresas privadas continuarão a operar normalmente. As empresas de limpeza, de zeladoria e de manutenção públicas e privadas também ficaram fora do decreto. Os bancos e as lotéricas continuarão a funcionar normalmente para garantir a realização de pagamentos.
Doria esclareceu que a construção civil, por enquanto, continuará a operar, assim como os serviços de telemarketing e de call center. “Esses setores [de atendimento por telefone] serão muito demandados daqui para a frente”, justificou. O governador anunciou ainda que determinou que a Polícia Militar não permita a realização de de eventos e de festas como bailes funk em comunidades. “Vocês são promotores do mal e devem ser condenados por isso. Não faz sentido nenhum a gente querer sobrepor interesses particulares aos das comunidades”, declarou Doria sobre os organizadores de tais eventos.
Sobre o funcionamento da indústria, ele disse que a manutenção do funcionamento das fábricas é essencial para garantir o abastecimento. “Nenhuma medida [até agora] restringe o trabalho das indústrias. O setor não trabalha com atendimento ao público. É essencial que elas funcionem regularmente, com os devidos cuidados para os funcionários. Seu funcionamento é vital para não haver desabastecimento no estado de São Paulo nem no país”, afirmou.
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