Condomínio onde prédios desabaram na Muzema sofreu com impactos da chuva dias antes

Chuva provocou estragos no Condomínio Figueiras Itanhangá 

Fachada de condomínio após chuva (Foto: reprodução/Twitter)

Dias antes do desabamento de dois prédios que deixou mortos e feridos na comunidade da Muzema, em Itanhangá, na zona oeste do Rio de Janeiro, a mesma região já havia sofrido com os efeitos da forte chuva que atingiu a cidade na segunda-feira (8) e que provocou dez mortes.

Nas redes sociais, moradores da Muzema manifestaram-se ao longo de toda semana apontando áreas que continuavam alagadas mesmo horas após a tempestade, considerada a maior em 22 anos.

Até quinta-feira (11), véspera do desabamento no Condomínio Figueiras do Itanhangá, na Estrada de Jacarepaguá, muitos internautas mostraram ruas alagadas, cheias de barro e destacaram a demora no suporte por parte das autoridades. 

A própria fachada do condomínio aparece em um vídeo feito por internauta. Nas imagens, além da terra, há carros virados pela força da água. O Condomínio Figueiras do Itanhangá ocupa uma vasta área e abriga vários prédios em local circundado por morros. 

Ainda não há uma posição oficial sobre as causas do desabamento, nem se os reflexos da chuva, como o solo ainda úmido, têm alguma ligação com a tragédia. Em nota, a Prefeitura do Rio de Janeiro informou que, “na Muzema, as construções não obedecem aos parâmetros de edificações estabelecidos, como afastamento frontal, gabarito, ocupação, número de unidades e de vagas”, diz texto publicado no Twitter.

Em nota, a prefeitura diz que, por se tratar de uma área dominada por uma milícia (grupo criminoso que controla territórios de forma armada no Rio), precisa de apoio da Polícia Militar para atuar na área.

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